A solução mais provável encontrada pelo governo para desatar o nó do setor elétrico incluirá um financiamento bancário e um empréstimo via BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). A crise que atinge as distribuidoras de energia – que não têm dinheiro suficiente em caixa para pagar as dividas mensais com a compra de energia – vem pressionando o governo a criar medidas de socorro para o setor desde o início deste ano.
Até o momento a ajuda do governo já incluiu um aporte do Tesouro, de R$ 1,2 bilhão, e a intermediação em um financiamento bancário de R$ 11,2 bilhões. A nova ideia é viabilizar mais R$ 6,5 bilhões, sendo R$ 3 bilhões do BNDES e outros R$ 3,5 bilhões por meio de um "pool" bancos.
Valores prováveis
Esses valores são tratados internamente no governo como os "mais prováveis", uma vez que os cálculos finais ainda dependem da análise sobre a variação de preços no setor elétrico, bastante inconstante neste ano. Essa solução permite que os recursos entrem na conta do setor elétrico – Conta ACR, vinculada à CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica) – e sigam diretamente para o pagamento dos geradores de energia, mês a mês.
Agentes do setor ouvidos pela Folha destacam que ainda há diversas previsões de gastos sendo levadas em consideração pelo Ministério da Fazenda, com cenários mais ou menos conservadores.
Caso o valor fixado para o socorro seja menor que o necessário, há o risco de que as empresas de distribuição tenham, novamente, de recorrer ao governo em busca de ajuda financeira.
Segundo O Globo, "o novo socorro pesará ainda mais no bolso dos consumidores. Segundo cálculos da Safira Energia, considerando o novo empréstimo e o socorro anterior, de R$ 11,2 bilhões, além do repasse de custos das térmicas de 2013, que foi adiado para 2015, a conta de luz deve ficar de 24% a 25% mais cara em 2015 e também em 2016. Somente este novo empréstimo tem impacto de cerca de 3% na conta de luz".
PS -- Anotem com carinho e cuidado a informação do parágrafo acima e a prendam com um clip no título de eleitor que será usado em outubro vindouro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário