Millôr Fernandes (1923-2012) - (Foto: Agência Estado)
Considerado "um dos poucos escritores universais que possuímos", na opinião do crítico Fausto Cunha, Millôr é carioca do Méier – segundo alguns seu nome seria Milton, não fosse um erro do tabelião – filho de Francisco Fernandes e de Maria Viola Fernandes. Seu pai, engenheiro emigrante da Espanha, morre em 1925, com apenas 36 anos. A família começa a passar dificuldades, e sua mãe fica horas em frente a uma máquina de costura para poder sustentar os quatro filhos. Apesar do aperto, o autor teve uma infância feliz, ao lado de dez tios, 42 primos e primas e da avó italiana D. Concetta de Napole Viola. A chegada ao Brasil das histórias em quadrinhos, em 1934, fazem Millôr dar vazão à criatividade e, sob a influência de seu tio Antônio Viola, tem seu primeiro trabalho publicado em um órgão da imprensa – O Jornal, do Rio de Janeiro, tendo recebido o pagamento de dez mil réis. Era o início do profissionalismo, adotado e defendido para sempre.
Em 1935, também com 36 anos, falece sua mãe, o que leva os irmãos Fernandes a ter uma vida dificílima. Estuda na Escola Ennes de Souza, de 1930 a 1935, por ele chamada de Universidade do Meyer, mas que na verdade era uma escola pública. Diz dever tudo o que sabe a sua professora, Isabel Mendes, depois diretora e hoje nome da escola. Se emociona ao falar sobre ela "...uma mulatinha magra e devotada, que me ensinou tudo que se deve aprender de um professor ou de uma escola: a gostar de estudar. Depois disso, pode-se ser autodidata. Escola, a não ser para campos técnicos/experimentais, é praticamente inútil".
Trabalhou, em 1938, com o Dr. Luiz Gonzaga da Cruz Magalhães Pinto, entregando o remédio para os rins "Urokava" em farmácias e drogarias. Durou pouco esse emprego. Ciente da necessidade de se aprimorar, estuda no Liceu de Artes e Ofícios do Rio de Janeiro de 1939 a 1943. Em 1944 é co-diretor da revista A Cigarra, do Rio de Janeiro. Em 1945 inicia a publicação de seus trabalhos na revista O Cruzeiro, com o "Pif-Paf".
Nos anos seguintes, já integrado à intelectualidade carioca, convive com Péricles, criador de "O Amigo da Onça", Nelson Rodrigues, David Nasser, Jean Manson, Alfredo Machado, Fernando Chateaubriand, Emil Farhat e Accioly Netto, entre outros. Em 1948 vai, como correspondente da revista O Cruzeiro, para uma estadia de três meses em Hollywood, Califórnia, temporada que passa ao lado do cônsul Vinícius de Moraes, do cientista César Lates e da estrela Carmen Miranda. A partir de 1950, faz colaboração diária no jornal Diário da Noite, Rio de Janeiro.
Em 1958 foi censurado pelo mais liberal de todos os presidentes da República: Juscelino Kubitschek. Seu programa de TV, "Lições de um Ignorante", foi proibido após uma crítica à primeira dama do país: "Dona Sarah Kubitschek chegou ontem ao Brasil depois de cinco meses de viagem à Europa e foi condecorada com a Ordem do Mérito do Trabalho." Em 1961 trabalhou sete dias no jornal Tribuna da Imprensa, Rio, que mais tarde pertenceu a seu irmão Hélio Fernandes. Foi demitido por ter escrito um artigo sobre a corrupção na imprensa. Os editores, o poeta Mário Faustino e o jornalista Paulo Francis pediram também demissão em solidariedade.
Colabora com coluna diária no jornal Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, em 1962. "Esta é a Verdadeira História do Paraíso", doze páginas em cores, é publicada na revista O Cruzeiro, em 1963, provocando a ira da própria revista e de leitores católicos. Millôr deixa O Cruzeiro. A partir de 1964, e até 1974, colabora semanalmente no jornal Diário Popular, de Portugal. A página mereceria um comentário especial do ditador Oliveira Salazar: "Este gajo tem piada. Pena que escreva tão mal o português." De 1967 até nossos dias, tem marcado sua presença em jornais e revistas nacionais como o Correio da Manhã, Revista Diners, Veja,O Pasquim, revista IstoÉ, Jornal do Brasil, O Dia, Folha de São Paulo, entre outros.
Millôr morreu em 27 de março de 2012, aos 88 anos, no Rio.
O que vem a seguir foi retirado do livro "Millôr definitivo: A Bíblia do Caos".
Abecedário
O A é uma letra com sótão. Chove sempre um pouco sobre o à craseado.
O B é um l que se apaixonou pelo 3. O b minúsculo é uma letra grávida.
Ao c só lhe resta uma saída. O ç cedilha, esse jamais tira a gravata.
O D é um berimbau bíblico.
O e minúsculo é uma letra esteatopígia (esteatopígia, ensino aos mais atrasadinhos, é uma pessoa que tem certa parte do corpo, que fica atrás e embaixo, muito feia). O E ri-se eternamente das outras letras.
O F, com seu chapéu desabado sobre os olhos, é um gângster à espera de oportunidade. O f minúsculo é um poste antigo.
A pontinha do G é que lhe dá esse ar desdenhoso. O g minúsculo é uma serpente de faquir.
O H é uma letra duplex. A parte de cima é muda. Serve também como escada para as outras letras galgarem sentido. O h minúsculo é um dinossauro.
O I maiúsculo é guarda, em seu porte de letra, um pouco de número I romano. O i minúsculo é um bilboquê.
O J, com seu gancho de pirata, rouba às vezes o lugar do g. O j minúsculo é uma foca brincando com sua bolinha.
Vê-se nitidamente: o K é uma letra inacabada. Por enquanto só tem andaimes. Parece que vão fazer um R. Junto com o k minúsculo o K maiúsculo treina passo-de-ganso.
O L maiúsculo parece um l que extraíram com raiz e tudo. Mas o l minúsculo não consegue disfarçar que é um número 1 espionando o alfabeto.
O M maiúsculo é um gráfico de uma firma instável. O m minúsculo é uma cadeia de montanhas.
O N é um M perneta. No n minúsculo pode-se jogar críquete com a bolinha do o.
O O maiúsculo é um buraquinho no alfabeto.
O p é um d plantando bananeira.
O Q maiúsculo anda sempre com o laço do sapato solto. O q minúsculo é um p se olhando de costas no espelho.
O R ficou assim de tanto praticar halterofilismo.
Sente-se que o s é um cifrão fracassado. O S maiúsculo é um cisne orgulhoso.
Na balança do T se faz jusTiça.
O U é a ferradura do alfabeto, protegendo o galope das idéias. O u minúsculo é um n com as patinhas pro ar.
O v é uma ponta de lança.
O x é uma encruzilhada.
O Y é a taça onde bebem as outras letras. Desapareceu do alfabeto porque se entregou covardemente, de braços para cima.
O W são vês siameses.
O Z é um caminho mais curto entre dois bares. O z minúsculo é um s cubista.
O B é um l que se apaixonou pelo 3. O b minúsculo é uma letra grávida.
Ao c só lhe resta uma saída. O ç cedilha, esse jamais tira a gravata.
O D é um berimbau bíblico.
O e minúsculo é uma letra esteatopígia (esteatopígia, ensino aos mais atrasadinhos, é uma pessoa que tem certa parte do corpo, que fica atrás e embaixo, muito feia). O E ri-se eternamente das outras letras.
O F, com seu chapéu desabado sobre os olhos, é um gângster à espera de oportunidade. O f minúsculo é um poste antigo.
A pontinha do G é que lhe dá esse ar desdenhoso. O g minúsculo é uma serpente de faquir.
O H é uma letra duplex. A parte de cima é muda. Serve também como escada para as outras letras galgarem sentido. O h minúsculo é um dinossauro.
O I maiúsculo é guarda, em seu porte de letra, um pouco de número I romano. O i minúsculo é um bilboquê.
O J, com seu gancho de pirata, rouba às vezes o lugar do g. O j minúsculo é uma foca brincando com sua bolinha.
Vê-se nitidamente: o K é uma letra inacabada. Por enquanto só tem andaimes. Parece que vão fazer um R. Junto com o k minúsculo o K maiúsculo treina passo-de-ganso.
O L maiúsculo parece um l que extraíram com raiz e tudo. Mas o l minúsculo não consegue disfarçar que é um número 1 espionando o alfabeto.
O M maiúsculo é um gráfico de uma firma instável. O m minúsculo é uma cadeia de montanhas.
O N é um M perneta. No n minúsculo pode-se jogar críquete com a bolinha do o.
O O maiúsculo é um buraquinho no alfabeto.
O p é um d plantando bananeira.
O Q maiúsculo anda sempre com o laço do sapato solto. O q minúsculo é um p se olhando de costas no espelho.
O R ficou assim de tanto praticar halterofilismo.
Sente-se que o s é um cifrão fracassado. O S maiúsculo é um cisne orgulhoso.
Na balança do T se faz jusTiça.
O U é a ferradura do alfabeto, protegendo o galope das idéias. O u minúsculo é um n com as patinhas pro ar.
O v é uma ponta de lança.
O x é uma encruzilhada.
O Y é a taça onde bebem as outras letras. Desapareceu do alfabeto porque se entregou covardemente, de braços para cima.
O W são vês siameses.
O Z é um caminho mais curto entre dois bares. O z minúsculo é um s cubista.
Abdômen
Abdômen: palavra machista significando barriga pra ambos os sexos. Deveria haver também abdmulher.
Abertura política
O generalíssimo Geisel quer a abertura política lenta e gradual! Se Hércules seguisse esse princípio teria lavado as estrebarias de Augias com um regador e aquilo estava cheio de bosta até hoje. (1977)
Abismo
O Brasil já está à beira do abismo. Mas ainda vai ser preciso um grande esforço de todo mundo pra colocarmos ele novamente lá em cima.
Abismo
O Brasil já está à beira do abismo. Mas ainda vai ser preciso um grande esforço de todo mundo pra colocarmos ele novamente lá em cima.
Aborto
A Igreja continua contra o aborto. O Papa ainda não descobriu seu lado feminino.
Abulismo
Quem nasce pra to be or not to be nunca chega a ser. (Sobre o Presidente Sarney, 1987)
Ação
O homem põe, Deus dispõe, e o Diabo cai na gargalhada.
Acaso
● Deus criou o sol. E as árvores, e os animais, e os minerais. Mas, de repente, para absoluta surpresa sua, olhou e viu,maravilhado, que cada coisa tinha uma sombra. Nessa, francamente, ele não tinha pensado. (A verdadeira história do paraíso. 1958)
● Deus criou o sol. E as árvores, e os animais, e os minerais. Mas, de repente, para absoluta surpresa sua, olhou e viu,maravilhado, que cada coisa tinha uma sombra. Nessa, francamente, ele não tinha pensado. (A verdadeira história do paraíso. 1958)
● É evidente que o Universo foi feito por acaso -- como a represa de Assuã, a Crítica da Razão Pura e a Capela Sistina.
Acordo
Está bem. Deus é brasileiro. Mas pra defender o Brasil de tanta corrupção só colocando Deus no gol.
Adesão
Não é em tudo que estou de acordo com a juventude. Agora, essa permissividade, essa revolução sexual, não sei não, mas é uma coisa que me interessa muito.
Adiamento
Não há problema tão grande que não caiba no dia seguinte. Morrer, por exemplo, é uma coisa que se deve deixar sempre pra depois.
Adivinho
Amanhã vai ser um dia esplêndido, mas não sei se melhor do que ontem -- como dizia o adivinho desmemoriado.
Adivinho
Amanhã vai ser um dia esplêndido, mas não sei se melhor do que ontem -- como dizia o adivinho desmemoriado.
Administração
Com esse pessoal que está no governo não se administra nem o Tivoli Parque.
Adulto
Um homem é adulto quando começa a gastar mais do que ganha.
Adulto
Um homem é adulto quando começa a gastar mais do que ganha.
Advertência
Missão urgente para a lei e a justiça: obrigar os jornais a imprimir em seus cabeçalhos: "Qualquer semelhança com pessoas ou fatos reais é mera coincidência".
Aferição
De uma coisa estou certo: sou bem pior do que os melhores -- mas um pouquinho melhor do que os piores.
Aferição
De uma coisa estou certo: sou bem pior do que os melhores -- mas um pouquinho melhor do que os piores.
Afinidade
Quando duas pessoas odeiam a mesma pessoa têm a impressão de que se estimam.
Afirmativa
Nem só de pão vive o homem. E nem só desse tipo de afirmativa idiota.
Afrodisíaco
● O melhor afrodisíaco ainda é a carência prolongada.
● Só conheço um afrodisíaco -- a mulher.
Agonia
Agonia: o monólogo final.
Alagoas
Os alagoanos de Collor; por onde eles passam só cresce a grana. (1992)
Álcool
O álcool, tomado com moderação, não oferece nenhum perigo, nem mesmo em grandes quantidades.
Alfabetização
No meu tempo vovô via a uva. Hoje, Ivo come a Eva.
Álgebra
Afinal de contas, o que é álgebra: uma promiscuidade inacreditável de números e letras ou apenas uma suruba de ângulos e hipotenusas?
Alkaseltzer
A invenção do alkaseltzer foi uma tempestade num copo d'água.
Ambiguidade
Como é mesmo que Stefan Zweig disse: "País do futuro" ou "País do faturo"?
Ameaça
Os banqueiros não perdem por esperar. Ganham.
Americanismo
Tão americanizado que em vez de dizer outrossim, dizia outroyes.
Amnésia
E como dizia Dom Pedro I, acordando de ressaca no dia 8 de setembro: "Eu ontem, de pileque, proclamei o quê?"
Amor
Lição primeira e única -- amor não é coisa para amador.
Analfabeto
● Quem não lê é mais analfabeto do que quem não sabe ler.
● Os analfabetos têm falta de vitamina ABC.
Análise
Como me acho um cara ótimo, me sinto muito mal nos momentos em que me acho péssimo; mas, como um cara ótimo como eu se achar ocasionalmente um cara péssimo revela a si mesmo uma boa autocrítica, é nos momentos em que me acho péssimo que me acho melhor do que antes; mas, aí penso que estou falsificando. Que só estou me criticando e me achando péssimo pra me achar melhor. E então me acho muito pior.
Análise grupal
A análise grupal é o prêt-à-porter da psicanálise.
Analista
Analista é um sujeito que, partindo de premissas falsas, consegue chegar a conclusões perfeitamente equivocadas.
Anatomia
Anatomia é essa coisa que os homens também têm, mas que nas mulheres fica muito melhor.
Andorinha
Uma andorinha só, tem que conhecer melhor os provérbios. E comprar um casaco.
Aniversário
● No aniversário, enquanto os convidados comemoram mais um ano, o aniversariante lamenta menos um.
● Cada vela soprada no bolo de aniversário é parte da contagem regressiva.
Anticoncepcional
O maior anticoncepcional é o mau hálito.
Aparelho digestivo
O aparelho digestivo se compõe de boca, língua, laringe, esôfago, estômago, intestino, garfo e faca.
Aparência
● As coisas nem sempre são tão ruins quanto parecem. Mas quase sempre são.
● O importante não é pensar, é ter expressão de pensador.
● As aparências não enganam: quando você vê um cara vestido de general, há enorme probabilidade de que ele seja isso.
Apartheid
Na África do Sul ninguém pratica tiro ao alvo -- só no negro. (1975)
Apelido
"Meu bem" é o nome de solteiro do marido.
Aprendizado
● Para aprender muito é fundamental, antes de mais nada, ser bastante ignorante.
● Aprende-se muito mais ignorância nas faculdades do que no meio da rua.
Aprimoramento
O primeiro homem Deus fez do barro. A primeira mulher Deus fez de uma costela do homem. Só o terceiro ser humano foi feito em conjunto, pelo homem e pela mulher, usando o instrumento próprio no lugar adequado.
Arca de Noé
Na escuridão da Arca nasceram os primeiros híbridos. Bissexuais.
Armando Falcão
É sabido que a morte suaviza todos os nossos julgamentos. Mas, pra eu mudar de opinião a respeito do Armando Falcão, ele vai ter que morrer pelo menos meia dúzia de vezes. (Armando Falcão foi ministro da Justiça no período mais negro da ditadura militar.)
Arrependimento
Se o homem das cavernas soubesse o que ia acontecer, teria ficado lá dentro.
Ás
O inventor do baralho já apoiava a ditadura (ou a eminência parda?). Se não, que diabo quer dizer essa carta, ás, que vale mais que um rei?
Assembleia
Assembleia é uma cambada de parlamentares. (Novos coletivos).
Assessoria
Deus é bom. Está é muito mal cercado.
Assiduidade
Apesar de sexagenário, ele fazia sexo quase todos os dias. Quase no domingo, quase na segunda-feira, quase na terça ...
Astronomia
O fato é que depois de viajar anos, esse Voyager não descobriu nenhuma forma de vida inteligente pelaí. O Cosmos, ao que parece, é igualzinho à Terra.
Ateísmo
● O sujeito que me fará acreditar na imortalidade da alma ainda está pra ressuscitar.
● O ateísmo é uma espécie de religião em que ninguém acredita.
Ateu
No longo prazo um ateu não tem futuro.
Autobiografia
Estou escrevendo minha autobiografia. Mas ainda não decidi se vou morrer no fim.
Autocrítica
● Toda vez que, na intimidade do banheiro, ficava nua, ela morria de rir de seus admiradores.
● Por que nunca nenhum país ergueu um monumento autocrítico -- o Arco da Derrota?
● Todo mundo viu; o ministro, na televisão, disse uma verdade e corou de vergonha.
Autodefesa
Quem não tem boa aparência acha sempre que as aparências enganam.
Autodidata
O autodidata é o único sujeito que não pretende saber mais do que o professor.
Autópsia
● Eu acredito em autocrítica e autoanálise. Não acredito é em autoautópsia.
● Quando fizerem minha autópsia encontrarão o Rio no meu coração. (1973)
Autoritário
Autoritário é o sujeito que lhe dá a resposta sem que você faça a pergunta.
Avaliação
Quando eu nasci os obstetras me acharam perfeitamente normal. Mas os designers balançaram a cabeça.
Azar
● O Brasil é um país sem sorte. Porque se alia à Igreja Católica. A Igreja Católica tem muita urucubaca. Se eu fosse presidente a primeira coisa que fazia era nomear um ministro de umbanda para fechar o corpo do país. Todo despacho importante do presidente seria numa sexta-feira, numa encruzilhada, acompanhado de um ministro tranca-ruas.
● Deus no sétimo dia descansou. Aí choveu paca e não deu praia.
Bagagens
O difícil, quando forem comuns as viagens interplanetárias, será a gente descobrir o planeta em que foram parar as bagagens.
Baianidade
● E como dizia o baiano: "A inércia pra mim é uma orgia".
● Baiano só tem pânico no dia seguinte.
Bajulação
No Planalto muita gente de quatro fingindo que está apenas procurando a lente de contato.
Bala perdida
Bala perdida é expressão definitivamente inadequada. A bala pode ter vindo não se sabe de onde. Pode não ter sido disparada para alcançar quem alcançou. Mas perdida não está. Perguntem à pessoa atingida.
Barrabás
Apesar de ladrão, Barrabás foi absolvido em lugar de Cristo. É por isso que todos devemos imitar Barrabás. (Falsa cultura)
Batata
A batata pertence ao reino vegetal, espécie cormófilas, divisão dos fanerógamos, subdivisão dos angiospermas, classe das dicotiledôneas, ordem das personadas, espécie das tuberosas -- mas, frita fica deliciosa.
Charges do Millôr (fonte: Google)
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