A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (15), projeto de lei que reduz para 6% a alíquota da contribuição previdenciária paga por patrões e empregados domésticos. Atualmente, o índice é de 12% para os empregadores e varia de 8% a 11% para os domésticos, de acordo com o salário.
A proposta segue para sanção da presidenta da República Dilma Rousseff (PT). No entanto, é provável que haja recurso para que o projeto seja apreciado também em plenário. O governo é contrário e tem uma proposta alternativa.
De acordo com o deputado Beto Albuquerque, líder do PSB, a proposta de regulamentação dos direitos domésticos está pronta para ser analisada pelo plenário. “O colégio de líderes está negociando a votação da proposta de regulamentação, que é mais completo, e não deveríamos ter duas propostas sobre o mesmo tema”.
O projeto de lei complementar referente à regulamentação prevê a redução da contribuição paga pelos empregadores para 8%, mas dentro do total de encargos de 20% sobre o salário do trabalhador, incluindo INSS, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e seguro por acidente de trabalho. Como contrapartida, o patrão não seria responsável pela multa do FGTS caso demita o doméstico. O instituto Doméstica Legal, que reúne patrões e empregados em defesa do emprego doméstico, concorda com a medida.
Guia e Imposto de Renda
O projeto aprovado hoje prevê também a guia de recolhimento de previdência social de doméstico (GPSD), com a inclusão da identificação do empregador doméstico. Isso vai permitir à Previdência localizar o patrão, que é quem desconta o INSS do empregado e é responsável pelo recolhimento, facilitando assim o processo.
Pelo texto, o empregador não poderá deduzir a contribuição previdenciária no Imposto de Renda. O argumento é que essa dedução beneficia apenas os patrões de maior renda, que usam o modelo completo da declaração.
Penso que isto não dará certo. Se tivéssemos uma redução da alíquota para recolhimento tudo bem (mesmo não podendo abater no IRPF) mas acabaremos pagando bem mais. Gerude
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