Visitantes admiram as obras apresentadas quando da exposição "Correggio e Parmesão. A arte em Parma no século XVI", apresentada em Roma de 12 a 26 de março corrente - (Foto: Gabriel Bouys/afp.com)
Por meio de obras de dois mestres da pintura italiana, membros da famosa Escola de Parma, Antonio da Correggio (1489-1534) e Girolamo Francesco Maria Mazzola (o Parmigiano ou Parmesão) (1503-1540), Roma celebra a beleza, o talento e o esplendor da Alta Renascença italiana.
A exposição, aberta na Scuderie del Quirinale (Cavalariças do Palácio Quirinal, residência do presidente da República italiana), se intitula "Correggio e Parmesão. A Arte no século XVI", se estenderá até 26 de junho.
Através de uma centena de obras, telas e desenhos, emprestadas por mais de 50 museus e coleções privadas, tais como Museu do Louvre, Museu do Prado e a National Gallery (Londres), a exposição rende homenagem a dois pintores dos quais o prêmio Nobel italiano de literatura Dario Fo diz que "pintavam como se estivessem ligados ao céu".
A mostra traz à luz essa cidade da Emilia-Romana [Parma] que, durante a primeira metade do século XVI, conheceu uma idade de ouro competindo de igual para igual com Florença, Roma e Veneza no desenvolvimento da Renascença italiana.
Em 1545, o papa Paulo III Farnèse criou o ducado de Parma e Piacenza e o ofereceu a seu filho. Os Farnèse dominaram a região até 1731, quando os Bourbons assumiram o poder.
Uma das obras da exposição "Correggio e Parmesão. A arte em Parma no século XVI" - (Foto: Gabriel Bouys/afp.com)
Correggio (nascido Antonio Allegri) e o Parmesão exprimem os dois, apesar dos estilos diferentes, a vitalidade e a criatividade que reinavam então em Parma, uma cidade que se tornou em alguns anos um ponto de referência, a ponto de mudar a história da pintura italiana.
Abordando tanto temas religiosos quanto mitológicos ou profanos, pintando Virgens como damas nobres e santos como notáveis, e graças a um uso agudo das cores e da luz, esses dois mestres fizeram de suas telas autênticos ícones.
"Retrato de mulher jovem dita "Escrava Turca", Parmigiano (Parmesão), coleção particular, Galeria Nacional, Parma - (Foto: Google)
A exposição, cujo curador é um dos maiores conhecedores da Escola de Parma, o professor David Ekserdjian, é igualmente uma experiência sensorial graças à semiobscuridade em que estão mergulhadas as obras, revelando sua elegância e sua sensualidade.
Os visitantes poderão admirar também dois dos quadros mais conhecidos de Correggio: a "Virgem Barrymore", exposta na Galeria Nacional de Arte Moderna de Washington, e "Retrato de uma mulher", que pertence ao acervo do Museu do Hermitage, em São Petersburgo (Rússia).
De Parmigiano são expostos principalmente "A conversão de São Paulo", do Museu de História da Arte, de Viena, a célebre e misteriosa "Escrava turca" [ver foto acima], do acervo da Galeria Nacional de Parma, e dois quadros provenientes do museu Capodimonte, de Nápoles, "Antea" e "Lucrécia".
[ Algumas obras da exposição de Roma citada acima:
Virgem de Barrymore, Correggio, cerca de 1508/1510, óleo sobre tela, 56 x 41 cm, National Gallery of Art, Washington (EUA) - (Foto: Google)
Retrato de uma Mulher, Correggio, cerca de 1518, óleo sobre tela, 103 x 87,5 cm, Museu do Hermitage, São Petersburgo, Rússia - (Foto: Google)
A Escola do Amor, Correggio, cerca de 1528, óleo sobre tela, 155 x 91,5 cm, National Gallery (Londres) - (Foto: Google)
"Noli me tangere" (Não me toques), Correggio, cerca de 1525, óleo sobre tela, 130 x 103 cm, Museu do Prado (Madri) [Cristo e Maria Madalena vestida de amarelo, a cor característica das prostitutas] - (Foto: Google)
A Conversão de São Paulo, Parmigiano, cerca de 1527, óleo sobre tela, 177,5 x 128,5 cm, Museu da História da Arte, Viena - (Foto: Google)
Antea, Parmigiano, cerca de 1535, óleo sobre tela, 135 x 88 cm, Museu Nacional de Capodimonte, Nápoles (Itália) - (Foto: Google)
Lucrécia, Parmigiano, 1540, óleo sobre tela, 68 x 52 cm, Museu Nacional de Capodimonte,Nápoles (Itália) - (Foto: Google) ]
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