sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Mais uma molecagem de Dilma NPS em 2014: Bolsa Família é reajustado em 10%, aposentados são reajustados em 5,7%

Este tema me foi trazido pelo amigo Abel H., a quem agradeço.

O programa Bolsa Família, de inegáveis méritos em sua concepção, foi transformado em objeto eleitoreiro e demagógico pelos governos petistas, sendo frequentemente usado pelos petralhas como instrumento de chantagem eleitoral contra os que ousam criticá-lo, como fez recentemente Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia) ao declarar cínica e irresponsavelmente que o programa "vai acabar" se qualquer de seus adversários for eleito. Por essa e outras, a madame ex-guerrilheira incorporou permanentemente um marceneiro à sua comitiva para ir aparando seu nariz à medida que ele aumenta com sua permanente avalanche de mentiras.

Com seu irreversível e pétreo apego à permanente distorção da verdade, os petistas escondem dos seus eleitores e de todo o país que o Bolsa Família teve efetivamente como semente e origem os programas de distribuição de renda implantados por FHC em seus governos, como o Comunidade Solidária, o Bolsa Escola (originalmente idealizado e proposto por Christovam Buarque enquanto reitor e professor da UnB em 1986) vinculado ao Ministério da Educação, o Auxílio Gás (vinculado ao Ministério de Minas e Energia) e o Cartão Alimentação, vinculado ao Ministério da Saúde. Todos esses programas estavam agrupados na chamada Rede de Proteção Social, de abrangência nacional. O lamentável é que o PSDB e a oposição em geral também escondem essa realidade da cidadania brasileira.

Segundo o próprio governo petista, "o Bolsa Família é um programa de transferência direta de renda que beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza em todo o país. O Bolsa Família integra o Plano Brasil Sem Miséria, que tem como foco de atuação os milhões de brasileiros com renda familiar per capita inferior a R$ 77 mensais e está baseado na garantia de renda, inclusão produtiva e no acesso aos serviços públicos". Por esse próprio conceito, um aumento no programa e no desembolso com ele significa inequivocamente uma piora na distribuição de renda no país, e deveria ser profundamente lamentado e imediatamente corrigido pelo governo, mas o que mais fazem os petralhas é comemorar todo e qualquer crescimento do Bolsa Família.

A partir de 1º de junho deste ano de 2014, o Bolsa Família (que envolve 36 milhões de pessoas) teve um reajuste de 10% -- nos 7 meses restantes do ano isso implicará um gasto adicional de R$ 1,7 bilhão ao governo. Para 2015 esse valor -- que o governo chama de "investimento" -- subirá para R$ 2,7 bilhões. Em 2013, o governo repassou quase R$ 23 bilhões para os beneficiários do programa -- nos 10 anos de sua existência, o repasse foi de R$ 164,7 bilhões. 



O gráfico acima, publicado pelo próprio governo, mostra a evolução do "benefício médio mensal a famílias que permaneciam em extrema pobreza após receberem o Bolsa Família (pré Brasil Sem Miséria)", e do "benefício mensal a famílias que superaram a extrema pobreza com o Brasil Sem Miséria". Como é fiscalizada a distribuição dessa dinheirama toda e quem faz isso? Não se sabe clara e exatamente.

Um das críticas recorrentes ao Bolsa Família, nunca integral e fundamentadamente refutada pelo governo, é que o programa é paternalista e estimula a ociosidade e/ou o emprego informal. Pessoalmente, fui testemunha de um caso desses há uns 2 ou 3 anos atrás: o presidente de uma grande cooperativa de táxi de Niterói me informou que havia selecionado uma telefonista bilingue para a empresa, mas ela só aceitava trabalhar sem carteira assinada para não perder o Bolsa Família. 

O "acesso a serviços públicos" constante na definição do programa apresentada um pouco acima é outra mentira petista recorrente. À exceção dos petralhas, todo mundo sabe da precariedade dos serviços públicos essenciais no Brasil:  mais de 50% dos nossos domicílios não têm esgoto e só 17% têm água tratada.

Enquanto faz a farra com o Bolsa Família, o governo concede apenas 5,7% de reajuste para os aposentados em 2014, contra os 10% de reajuste concedidos àquele programa! Ou seja, quem pagou uma baba ao INSS ao longo de décadas, trabalhou a vida toda para o país, contribuiu para construí-lo e dedicou-lhe o melhor de sua competência e de sua saúde é tratado pelo governo como um marginal da sociedade. Para a petralhada, distribuição de renda entre aposentados e suas famílias é frescura e assunto de somenos importância, dá menos votos do que os 36 milhões de cidadãos paparicados pelo Bolsa Família. Esse é mais um passaralho da economista Dilma NPS (que já mentiu em seu currículo, dizendo que tinha Mestrado e Doutorado pela Unicamp) para um segmento importante da classe trabalhadora, que merece ser tratado com mais dignidade e mais respeito. 

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