Até as 14h36 de 14/11/2014 o montante de impostos pago pelos brasileiros beirava R$ 1,5 trilhão de reais, só neste ano. O que geralmente não sabemos é o montante do imposto que incide sobre cada produto que compramos diariamente, porque transparência neste país é algo extremamente escasso. O site FIEP (Federação das Indústrias do Paraná) - SESI (Serviço Social da Indústria) - SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) - IEL (Instituto Euvaldo Lodi) publicou uma extensa lista em ordem alfabética dos produtos que consumimos e o montante de imposto que pagamos em cada um deles. Infelizmente, não é possível reproduzir aqui essa lista em toda sua extensão, mas fiz um resumo para que possamos ter noção do valor do assalto em nossos bolsos para alguns produtos emblemáticos.
- ItemImposto (%)Açúcar32Adubo25Água38Água mineral44Almoço em restaurante32Aparelho telefônico para linha fixa43Aquecedor de água elétrico48Ar condicionado para residência48Arroz17Bicicleta46Bolsa (geral)40Bolsa de couro42Borracha escolar43Cadeira de praia41Caderno universitário35Calça (tecido)35Camisa35Caneta48Cerveja (lata ou garrafa)56Chinelo31Chuveiro elétrico48Cimento30Computador > R$ 3.000,0034Computador até R$ 3.000,0024Conta de água24Conta de luz48Conta de telefone46Desodorantes37Diesel41Escola particular e curso de inglês26Escova de dentes34Feijão17Ferro de passar45Forno de microondas55Fralda descartável34Gás de cozinha34Gasolina53Geladeira37Gravata35Hospedagem em hotel30Ingresso (tíquetes)41Jantar em restaurante32Jóias50Lavadora de louças48Leite19Leite em pó28Liquidificador44Louça45Luminária44Maisena (amido de milho)34Malas40Manteiga36Maquiagem56Máquina de lavar roupa48Margarina (500 g)36Material de construção (geral)33Medicamentos de uso humano34Mochilas40Molho de tomate (lata)36Óculos (lentes de vidro)45Óculos de sol44Óleo de cozinha26Ovos de galinha21Panelas36Pão de forma e pão francês17Papel higiênico c/ 4 rolos40Passagem aérea22Pasta de dentes35Peixes34Pente45Perfume importado78Perfume nacional69Playstation72Pneu36Pratos (cozinha)34Protetor solar42Querosene para aviação47Rações para cão e gato41Refrigerante (lata)46Refrigerante (garrafa)45Relógio53Relógio despertador48Sabão em barra30Sabão em pó41Sapatos36Saponáceo39Secador de cabelo48Secador de roupa48Serviço de TV por assinatura46Sorvete de massa38Sorvete (picolé)38Suco pronto36Suplemento alimentar34Taças44Talheres34Tapete42Teatro e cinema30Tecidos36Telefone celular40Telefonia46Televisor45Telha34Tênis importado59Tênis de plástico41Terno (traje)35Tesoura44Tijolo (milheiro)34Tinta36Toalha de banho26Toalha de mesa26Torneira39Torradeira elétrica48Transporte coletivo34Travesseiro26Universidade (mensalidade)26Vaso sanitário40Vassoura35Ventilador34Vinagre34Vinho55Whisky61Xarope para tosse40
Obs.: A maquiagem constante na lista acima é a feita com cosméticos, não a maquiagem contábil extensa e intensamente usada pelo governo Dilma NPS -- esta observação é minha e não do site que gerou a tabela acima.
Se alguém descobrir alguma linha lógica na fixação das alíquotas desses impostos, favor informar-me.
Por trás desse assalto fiscal há histórias estranhas. Todos sabemos que o governo Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia) se apaixonou pela indústria automobilística e resolveu presenteá-la com sucessivas reduções do IPI há um par de anos, pelo menos. Só nos cinco primeiros meses de 2013 essa renúncia de IPI foi de R$ 1,17 bilhão, e a estimativa para 2014 é de R$ 1,6 bilhão. Em 2013 (ano todo) e 2014 tivemos portanto mais de R$ 3 bilhões de redução de IPI presenteados à indústria automobilística, que deita e rola às nossas custas sem reduzir sua margem de lucros e nos suprindo com carros com baixo nível de segurança. Ver postagens de 12/12/2013, 02/04/2013, 14/11/2012, 13/11/2012 e 29/08/2012.
O pior é que, mesmo com esse montante e com o estardalhaço todo do governo sobre os benefícios dessa renúncia fiscal para o país, um órgão do próprio governo, o Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, informou em 11/07/2014 que "A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis teve impacto positivo, mas muito pequeno, sobre o Produto Interno Bruto (PIB) real e sobre o emprego na economia brasileira entre 2010 e 2013. Essa é uma das principais conclusões de um estudo recém-elaborado por dois economistas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Alexandre Porsse e Felipe Madruga". Ou seja, muito barulho por nada, a não ser para encher os bolsos dos fabricantes de carros.
Enquanto faz mimos para a indústria de automóveis, o governo de Dilma NPS empurra com a barriga a isenção de PIS e Cofins para as empresas de saneamento básico, embora tenha prometido fazê-la há quatro anos. Só a Sabesp -- empresa de saneamento de S. Paulo -- paga R$ 680 milhões por ano com esses dois impostos, o que significa mais de R$ 2,7 bilhões só no primeiro governo Dilma NPS, dinheiro que poderia ser aplicado no setor. Enquanto isso, em 2013 tínhamos mais de 50% dos domicílios brasileiros não tinham esgoto e só 17% tinham água tratada -- a situação do saneamento básico no Brasil deixou chocada a relatora especial da ONU que aqui esteve em dezembro de 2013. Dilma NPS prefere ver nossas ruas entupidas de carros do que nossas casas com esgoto e água tratada.
Nos governos petistas, o saneamento básico recebe tributação excessiva quando, de acordo com a teoria econômica, deveria receber dinheiro do governo (ser subsidiado) em vez de pagar imposto. A limitação cerebral do NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula) e de Dilma NPS impede que percebam que os benefícios gerados pelo saneamento vão além daqueles auferidos pela família servida pelo esgoto ou pela água tratada. Estudo da Fundação Getúlio Vargas (de 2012) estima as seguintes externalidades positivas que decorreriam da universalização do saneamento básico no Brasil:
● redução de 25% no número de internações e de 65% na mortalidade decorrentes de infecções gastrintestinais;
● diferença de 30% no aproveitamento escolar entre crianças que têm e não têm acesso a saneamento básico;
● economia de R$ 42 milhões ao ano apenas com as internações que seriam evitadas, não se computando nesse valor as economias decorrentes da redução de aquisição de medicamentos e das despesas para ir e retornar à consulta médica;
● economia das empresas de R$ 309 milhões por ano em horas de trabalho pagas mas não trabalhadas, em função da redução, em 19%, da probabilidade de um trabalhador se afastar do trabalho em decorrência de infecções gastrintestinais;
● aumento da produtividade do trabalhador que passa a ter acesso a residência com coleta de esgoto, em média, de 13,3%, gerando aumento real da massa de salários da economia de 3,8% (equivalente a R$ 41,5 bilhões);
● redução das desigualdades regionais, visto que a carência de saneamento e suas consequências negativas são mais intensas nas regiões Norte e Nordeste. Os índices de internações per capita por infecções gastrintestinais nas Regiões Norte e Nordeste são 6,3 e 5,2 vezes maiores que na Região Sudeste, respectivamente;
● criação de 120 mil novos postos de trabalho no setor turismo, gerando um aumento de R$ 1,9 bilhão no PIB do setor e uma massa de salários da ordem de R$ 935 milhões, sendo mais da metade desses empregos na Região Nordeste;
● valorização média de 18% dos imóveis que passarem a contar com acesso à rede de saneamento;
● aumento da arrecadação de IPTU e ITBI, decorrente da valorização imobiliária, da ordem de R$ 465 milhões por ano.
Por conta do descaso dos governos petistas com o saneamento básico, relatório do Instituto Trata Brasil e do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) põe o Brasil na 112ª posição de um ranking de 200 países conforme seu avanço na questão do saneamento (água e esgotos).
Essa não é a única aberração da política tributária dos governos petistas, e em particular do governo de Dilma NPS. Não é só a indústria automobilística que é favorecida pela madame. Enquanto onera os demais contribuintes, os governos petistas -- com ênfase para o da ex-guerrilheira -- têm desonerado cada vez mais a produção de petróleo no país. As mudanças na cobrança de tributos federais e das participações governamentais sobre a produção de petróleo implicaram redução da carga tributária incidente sobre o setor. Esse fato se verifica desde meados da década passada, em uma tendência flagrantemente contraditória com o crescimento da carga tributária incidente sobre os demais setores da economia, inclusive famílias.
Por que motivos o governo estaria tributando cada vez mais a produção e consumo da maioria dos bens e serviços e, ao mesmo tempo, aliviando a carga tributária sobre o setor de petróleo? Uma primeira explicação para esse relaxamento na tributação do petróleo seria o esforço do governo para tentar controlar a taxa de inflação ao segurar indiretamente o preço dos derivados de petróleo, que muito pesam no cálculo do custo de vida.
A carga tributária sobre a Petrobras tem sido também significativamente reduzida, em detrimento dos demais contribuintes. Isso deve ser para aumentar o "lucro" de Paulo Roberto Costa & Cia no gigantesco esquema de corrupção montado na empresa sob o manto protetor do PT.
Com a palavra os 54 milhões de masoquistas que reelegeram a madame.
Por trás desse assalto fiscal há histórias estranhas. Todos sabemos que o governo Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia) se apaixonou pela indústria automobilística e resolveu presenteá-la com sucessivas reduções do IPI há um par de anos, pelo menos. Só nos cinco primeiros meses de 2013 essa renúncia de IPI foi de R$ 1,17 bilhão, e a estimativa para 2014 é de R$ 1,6 bilhão. Em 2013 (ano todo) e 2014 tivemos portanto mais de R$ 3 bilhões de redução de IPI presenteados à indústria automobilística, que deita e rola às nossas custas sem reduzir sua margem de lucros e nos suprindo com carros com baixo nível de segurança. Ver postagens de 12/12/2013, 02/04/2013, 14/11/2012, 13/11/2012 e 29/08/2012.
O pior é que, mesmo com esse montante e com o estardalhaço todo do governo sobre os benefícios dessa renúncia fiscal para o país, um órgão do próprio governo, o Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, informou em 11/07/2014 que "A redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis teve impacto positivo, mas muito pequeno, sobre o Produto Interno Bruto (PIB) real e sobre o emprego na economia brasileira entre 2010 e 2013. Essa é uma das principais conclusões de um estudo recém-elaborado por dois economistas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Alexandre Porsse e Felipe Madruga". Ou seja, muito barulho por nada, a não ser para encher os bolsos dos fabricantes de carros.
Enquanto faz mimos para a indústria de automóveis, o governo de Dilma NPS empurra com a barriga a isenção de PIS e Cofins para as empresas de saneamento básico, embora tenha prometido fazê-la há quatro anos. Só a Sabesp -- empresa de saneamento de S. Paulo -- paga R$ 680 milhões por ano com esses dois impostos, o que significa mais de R$ 2,7 bilhões só no primeiro governo Dilma NPS, dinheiro que poderia ser aplicado no setor. Enquanto isso, em 2013 tínhamos mais de 50% dos domicílios brasileiros não tinham esgoto e só 17% tinham água tratada -- a situação do saneamento básico no Brasil deixou chocada a relatora especial da ONU que aqui esteve em dezembro de 2013. Dilma NPS prefere ver nossas ruas entupidas de carros do que nossas casas com esgoto e água tratada.
Nos governos petistas, o saneamento básico recebe tributação excessiva quando, de acordo com a teoria econômica, deveria receber dinheiro do governo (ser subsidiado) em vez de pagar imposto. A limitação cerebral do NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula) e de Dilma NPS impede que percebam que os benefícios gerados pelo saneamento vão além daqueles auferidos pela família servida pelo esgoto ou pela água tratada. Estudo da Fundação Getúlio Vargas (de 2012) estima as seguintes externalidades positivas que decorreriam da universalização do saneamento básico no Brasil:
● redução de 25% no número de internações e de 65% na mortalidade decorrentes de infecções gastrintestinais;
● diferença de 30% no aproveitamento escolar entre crianças que têm e não têm acesso a saneamento básico;
● economia de R$ 42 milhões ao ano apenas com as internações que seriam evitadas, não se computando nesse valor as economias decorrentes da redução de aquisição de medicamentos e das despesas para ir e retornar à consulta médica;
● economia das empresas de R$ 309 milhões por ano em horas de trabalho pagas mas não trabalhadas, em função da redução, em 19%, da probabilidade de um trabalhador se afastar do trabalho em decorrência de infecções gastrintestinais;
● aumento da produtividade do trabalhador que passa a ter acesso a residência com coleta de esgoto, em média, de 13,3%, gerando aumento real da massa de salários da economia de 3,8% (equivalente a R$ 41,5 bilhões);
● redução das desigualdades regionais, visto que a carência de saneamento e suas consequências negativas são mais intensas nas regiões Norte e Nordeste. Os índices de internações per capita por infecções gastrintestinais nas Regiões Norte e Nordeste são 6,3 e 5,2 vezes maiores que na Região Sudeste, respectivamente;
● criação de 120 mil novos postos de trabalho no setor turismo, gerando um aumento de R$ 1,9 bilhão no PIB do setor e uma massa de salários da ordem de R$ 935 milhões, sendo mais da metade desses empregos na Região Nordeste;
● valorização média de 18% dos imóveis que passarem a contar com acesso à rede de saneamento;
● aumento da arrecadação de IPTU e ITBI, decorrente da valorização imobiliária, da ordem de R$ 465 milhões por ano.
Por conta do descaso dos governos petistas com o saneamento básico, relatório do Instituto Trata Brasil e do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) põe o Brasil na 112ª posição de um ranking de 200 países conforme seu avanço na questão do saneamento (água e esgotos).
Essa não é a única aberração da política tributária dos governos petistas, e em particular do governo de Dilma NPS. Não é só a indústria automobilística que é favorecida pela madame. Enquanto onera os demais contribuintes, os governos petistas -- com ênfase para o da ex-guerrilheira -- têm desonerado cada vez mais a produção de petróleo no país. As mudanças na cobrança de tributos federais e das participações governamentais sobre a produção de petróleo implicaram redução da carga tributária incidente sobre o setor. Esse fato se verifica desde meados da década passada, em uma tendência flagrantemente contraditória com o crescimento da carga tributária incidente sobre os demais setores da economia, inclusive famílias.
Por que motivos o governo estaria tributando cada vez mais a produção e consumo da maioria dos bens e serviços e, ao mesmo tempo, aliviando a carga tributária sobre o setor de petróleo? Uma primeira explicação para esse relaxamento na tributação do petróleo seria o esforço do governo para tentar controlar a taxa de inflação ao segurar indiretamente o preço dos derivados de petróleo, que muito pesam no cálculo do custo de vida.
A carga tributária sobre a Petrobras tem sido também significativamente reduzida, em detrimento dos demais contribuintes. Isso deve ser para aumentar o "lucro" de Paulo Roberto Costa & Cia no gigantesco esquema de corrupção montado na empresa sob o manto protetor do PT.
Com a palavra os 54 milhões de masoquistas que reelegeram a madame.
Impressionante Vasco! O destino dos impostos são as contas da petralhada na Suissa... Abraços, Carla
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