Começam a surgir os primeiros problemas para o Brasil, como resultado de sua descuidada pretensão de, juntamente com a Turquia (que, por diversas razões, especialmente no caso presente, tem muito mais cacife político e estratégico que o Brasil), se tornar um negociador internacional de primeira linha e gerar um acordo nuclear com o Irã. Nas sanções unilaterais que o Congresso americano acaba de aprovar contra aquele país figura especificamente, pela primeira vez, a proibição de venda de etanol aos iranianos, afetando diretamente potenciais interesses brasileiros nesse país.
Quando esteve em Teerã em abril passado o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, levantou a possibilidade de o Brasil cobrir com a venda de etanol parte das necessidades de combustível do Irã, decorrentes das dificuldades deste país para comprar gasolina por causa dos embargos que já sofre. Com a bazófia que costuma caracterizar muitas figuras do alto escalão do governo, uma fonte do Planalto teria afirmado explicitamente no início do mês: "Não vamos discriminar ninguém na hora de exportar etanol. Vamos exportar etanol para qualquer país que queira, nossa prioridade é abrir mercados". Vamos ver agora se essa fanfarronice progride ... Leia mais.
Nesse episódio todo com o Irã acho que Lula, pessimamente assessorado pelo nada modesto chanceler Celso Amorim, confundiu suas próprias pernas com as do país e perdeu o equilíbrio. Faltou ao Nosso Acrobata a sabedoria do ditado mineiro que diz que "pato novo não dá mergulho fundo"...
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