sexta-feira, 25 de abril de 2014

A música preferida de Dilma NPS: "Foi uma Pasadena que passou em minha vida / E meu coração se deixou levar"

A Petróleo Brasileiro S.A. - Petrobras é uma sociedade de economia mista, sob controle da União com prazo de duração indeterminado, que se regerá pelas normas da Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976) e por seu Estatuto Social

O Artigo 23 do Estatuto Social da empresa estabelece:

"Art. 23- Os membros do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva responderão, nos termos do art. 158, da Lei nº 6.404, de 1976, individual e solidariamente, pelos atos que praticarem e pelos prejuízos que deles decorram para a Companhia [o grifo é meu], sendo-lhes vedado participar na deliberação acerca de operações envolvendo sociedades em que participem com mais de 10% (dez por cento), ou tenham ocupado cargo de gestão em período imediatamente anterior à investidura na Companhia". 

Na sua Seção II - Do Conselho de Administração, o Estatuto Social da Petrobras define: 

Art. 28- O Conselho de Administração é o órgão de orientação e direção superior da 
Petrobras, competindo-lhe: 

I- fixar a orientação geral dos negócios da Companhia, definindo sua missão, seus objetivos estratégicos e diretrizes [o grifo é meu]

II- aprovar o plano estratégico, bem como os respectivos planos plurianuais e programas 
anuais de dispêndios e de investimentos; 

III- fiscalizar a gestão dos Diretores e fixar-lhes as atribuições, examinando, a qualquer 
tempo, os livros e papéis da Companhia; 

IV- avaliar resultados de desempenho; 

V- aprovar, anualmente, o valor acima do qual os atos, contratos ou operações, embora de 
competência da Diretoria Executiva, especialmente as previstas nos incisos III, IV, V, VI e 
VIII do art. 33 deste Estatuto Social, deverão ser submetidas à aprovação do Conselho de 
Administração; 
..........................
VII- fixar as políticas globais da Companhia, incluindo a de gestão estratégica comercial, financeira, de investimentos, de meio ambiente e de recursos humanos [o grifo é meu]

Art. 29- Compete privativamente ao Conselho de Administração deliberar sobre as 
seguintes matérias: 
........................
.........................
V- constituição de subsidiárias, participações em sociedades controladas ou coligadas, ou a cessação dessa participação, bem como a aquisição de ações ou cotas de outras sociedades [o grifo é meu];

Art. 30- O Conselho de Administração poderá determinar a realização de inspeções, auditagens ou tomadas de contas na Companhia, bem como a contratação de especialistas, peritos ou auditores externos, para melhor instruírem as matérias sujeitas a sua deliberação [o grifo é meu]


A Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976, mais conhecida como "Lei das S/A", quando trata da "Responsabilidade dos Administradores"-- o que inclui os membros dos Conselhos de Administração e Fiscal -- determina em seu Artigo 158 a que se refere acima o Estatuto Social da Petrobras:


Responsabilidade dos Administradores

        Art. 158. O administrador não é pessoalmente responsável pelas obrigações que contrair em nome da sociedade e em virtude de ato regular de gestão; responde, porém, civilmente, pelos prejuízos que causar, quando proceder:
        I - dentro de suas atribuições ou poderes, com culpa ou dolo;
        II - com violação da lei ou do estatuto.
        § 1º O administrador não é responsável por atos ilícitos de outros administradores, salvo se com eles for conivente, se negligenciar em descobri-los ou se, deles tendo conhecimento, deixar de agir para impedir a sua prática. Exime-se de responsabilidade o administrador dissidente que faça consignar sua divergência em ata de reunião do órgão de administração ou, não sendo possível, dela dê ciência imediata e por escrito ao órgão da administração, no conselho fiscal, se em funcionamento, ou à assembléia-geral.
        § 2º Os administradores são solidariamente responsáveis pelos prejuízos causados em virtude do não cumprimento dos deveres impostos por lei para assegurar o funcionamento normal da companhia, ainda que, pelo estatuto, tais deveres não caibam a todos eles.
        § 3º Nas companhias abertas, a responsabilidade de que trata o § 2º ficará restrita, ressalvado o disposto no § 4º, aos administradores que, por disposição do estatuto, tenham atribuição específica de dar cumprimento àqueles deveres.
        § 4º O administrador que, tendo conhecimento do não cumprimento desses deveres por seu predecessor, ou pelo administrador competente nos termos do § 3º, deixar de comunicar o fato a assembléia-geral, tornar-se-á por ele solidariamente responsável.

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Feita a leitura das informações acima, imaginemos agora a situação existente na Petrobras em 2006, ano em que se deu a malfadada compra da refinaria de Pasadena. Com a empresa já transformada em feudo político do PT e, portanto, privada de critérios de meritocracia na sua gestão, a troika que detinha o poder decisório na administração da empresa era composta pelo NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula) como presidente da República, José Sérgio Gabrielli, presidente da empresa indicado pelo NPA e dele pau mandado, e a toda- poderosa Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saias), que presidia o Conselho de Administração desde 2003 -- cumulativamente com o cargo de ministra de Minas e Energia de 2003 a 2005 e cumulativamente com o cargo de ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República desde 2005. Nessa troika existiam, na melhor das hipóteses, dois malandros oportunistas e absolutamente verdes no assunto e uma madame que era e continua sendo um blefe hiperbólico, um poço sem fundo de incompetência. Uma trindade nada santíssima como essa só podia parir uma Pasadena.

Passados 8 anos da compra de Pasadena, descobre-se que essa aquisição foi uma tremenda roubada, com prejuízo bilionário para a Petrobras. Os membros da troika decisória se besuntam de vaselina, começa um ridículo jogo de empurra e lançam-se argumentos pateticamente contraditórios sobre a correção e a oportunidade da decisão daquela compra. O NPA, Gabrielli e o então diretor da área da empresa responsável pela aquisição, Nestor Cerveró, como se estivessem se dirigindo a um país de boçais e idiotas, nos agridem com a afirmação de que na época a compra da refinaria era um bom negócio e agora deixou de sê-lo. Então um ativo que, normal e decentemente, tem vida útil e contábil de décadas de repente, em apenas 8 anos, vira um lixo bilionário! Mais uma mágica besta petista.

Dilma NPS, esfuziante e incomparável em sua incompetência, descobre 8 anos depois que, como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, cometeu uma estupidez (a milionésima de sua carreira de oportunista, cria do NPA) e deu um prejuízo cavalar à empresa. Conhecendo-se seu estilo grosseiro e prepotente, e o domínio que exerce sobre o setor energético desde 2003, é patente, cristalino e inequívoco que seu voto foi decisivo para sacramentar a compra de Pasadena. Com a irresponsabilidade e a hipocrisia que a caracterizam desde sempre, Dilma NPS saiu-se em março deste ano com a desculpa ridícula e idiota de que que só apoiou a medida porque recebeu "informações incompletas" de um parecer "técnica e juridicamente falho". Foi sua primeira manifestação pública sobre o tema.  O espantoso é que ninguém até agora tomou qualquer iniciativa para pelo menos interditar essa madame para ocupar qualquer cargo público, inclusive e principalmente o de presidente da República.  P'ra começar, quem confessa uma estupidez como essa e gera esse prejuízo gigantesco, já deveria estar preso, com base nos documentos legais citados no início desta postagem.

Montou-se agora uma palhaçada deprimente. Enquanto usam de todos os recursos indecentes à sua disposição para barrar a CPI para investigar a Petrobras, Dilma NPS e sua curriola mergulharam de cabeça numa guerra intestina petista para caracterizar como bem feito ou escracho -- dependendo de onde se olha -- a tal compra de Pasadena. Formaram-se nitidamente dois frontes opostos: de um lado, a dupla Dilma NPS - Graça Foster afirma e reafirma que aquela compra foi um estrume; do lado contrário, o duo NPA - Gabrielli jura que Pasadena foi um grande negócio para a Petrobras. No meio dessa pocilga aparece o ex-diretor Cerveró  correndo que nem um paspalho subserviente -- mas nada bobo --  de um lado para o outro, acendendo uma vela ao seu deus e outra ao seu diabo.

A recente entrevista do ex-presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli ao Estadão, publicada em 20/4, bota uma pá de cal na tentativa do governo de livrar Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saias) de qualquer culpa nessa lambança. O título da matéria diz tudo: "Dilma não pode fugir à responsabilidade", disse Gabrielli.

Como Gabrielli é pau mandado e vaca de presépio do NPA, por quem foi guindado à presidência da Petrobras, é inequívoco que a reação dele contra Dilma NPS teve o sinal verde e a bênção do ex-presidente.  Cresce pois a sensação de que o NPA, pau da vida contra a tentativa da Dama de Ferrugem e de Graça Foster (apadrinhada de Dilma NPS) de publicamente responsabilizá-lo e  Gabrielli por um prejuízo bilionário para a estatal -- já que foi em seus mandatos que se fez a compra de Pasadena -- fez questão de dar o troco e enquadrar a madame no lamaçal da refinaria americana. Seria uma manobra para fortalecer o "Volta Lula"?...

Dilma NPS já deu o troco a Gabrielli -- e, portanto, também ao NPA -- afirmando que atas do Conselho de Administração provam a sua versão.

Enquanto rola essa briguinha ridícula e malcheirosa de comadres do PT sobre um prejuízo bilionário para a Petrobras e o país, prevalece sobre isso tudo o espírito corporativo petista pró-corrupção e monta-se uma poderosa blindagem contra a criação de uma CPI para investigar o que aconteceu com a Petrobras nos últimos 11 anos. Em 23/4, a ministra Rosa Weber, do STF, concedeu liminar para que se crie uma CPI no Senado exclusivamente para examinar fraudes nos negócios da Petrobras, como solicitara a oposição, até que o plenário da Corte examine o mérito da questão. Isso promete render.

Quem, como eu, não votou no NPA nem em Dilma NPS só tem uma saída: defenestrar do Planalto, pelo voto, essa senhora irresponsável, burra, incompetente e cínica. 

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