sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Reduzido à sua real e verdadeira grandeza, Sérgio Cabral agora cogita de cancelar concessão do Maracanã

[Depois que o povão resolveu jogar as aparências p'ro alto e desmascarar/desnudar os políticos e a politicalha que andam soltos, o que mais se vê agora é um barata-voa que varre palácios e gabinetes. No Estado do Rio, o governador Sérgio Cabral já não sabe o que fazer para tirar a turba de seu cangote e recuperar sua "popularidade".  Seus vizinhos no Leblon querem desterrá-lo para o novo bairro que seu amigo Eduardo Paes diz que vai construir em Guaratiba, no terreno-aquário que se destinava à Jornada Mundial da Juventude (os futuros moradores receberão, no habite-se, pés de pato e uma boia para cada familiar). Cabral chegou a fazer uma confissão patética, dizendo que não sabia de nada, que reconheceu não dialogar com ninguém -- também, pudera, o coitado chegou ontem de Marte via Paris, no jatinho do Cavendish. 

Nos seus espasmos para ver se aplaca a ira das ruas, Cabral já desisitiu de demolir o estádio de atletismo Célio de Barros e agora, segundo a Folha de S. Paulo de hoje, cogita de cancelar a concessão do Maracanã, como se lê abaixo.]

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), estuda cancelar o contrato de concessão do Maracanã. A ação faz parte dos recuos feitos pelo peemedebista para tentar conter sua queda de popularidade após uma série de manifestações.
A drástica mudança em relação ao futuro do estádio, palco da final da Copa do Mundo, é consequência das recentes mudanças de planos do governo para o entorno do estádio. 

Cabral já decidiu manter o parque aquático Julio Delamare e quer anunciar na manhã desta sexta-feira (2) uma reforma no estádio de atletismo Célio de Barros sem demolí-lo.

Enquanto a equipe do governador vê nas mudanças uma forma de responder às manifestações e conter sua queda de popularidade, o gestor do estádio calcula prejuízos por limitar a exploração comercial do espaço no entorno. No planejamento inicial, os dois equipamentos esportivos viriam abaixo para abrir espaço para a construção de estacionamentos, lojas e um heliponto. Eles seriam explorados economicamente pela concessionária. 

O governador foi ferrenho defensor da demolição dos equipamentos para abrir espaço no entorno do estádio. A alegação era de que a arena não seria economicamente viável sem atividades econômicas em seu entorno. Pretendia-se aplicar no Maracanã o conceito do "dia de jogo", no qual os torcedores passariam mais tempo no local, consumindo nas lojas, bares e restaurantes.

Ao vencer a licitação, o consórcio Complexo Maracanã Entretenimento S.A. se comprometeu a realizar investimentos da ordem de R$ 594 milhões. Dentro do custo estava a demolição dos dois equipamentos e a construção de centros de treinamento num outro local para substituí-los. A guinada de Cabral surpreendeu aos empresários.

Convidado para a reunião da manhã de hoje, para definir o futuro do Célio de Barros, o presidente do consórcio Maracanã, João Borba, não confirmou sua presença. Participam do encontro além de Cabral, o presidente da Federação de Atletismo do Rio, Carlos Alberto Lancetta, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), e o secretário de Esporte e Lazer, André Lazaroni.

O contrato assinado entre a concessionária e o Estado prevê seis possibilidades para término do contrato. A cláusula que deve ser usada será a de encampação, na qual o governo retoma a concessão "com a finalidade de atender o espaço público". 

Obras no Maracanã

Projetada para dar uma volta completa no complexo esportivo do Maracanã, nova ciclovia acaba em um muro - (Foto: Marco Aurélio Canônico/Folhapress).

Trânsito nos arredores do Maracanã; Prefeitura do Rio decreta várias medidas para evitar caos no entorno do estádio - (Foto: Ricardo Moraes/Reuters).

Entorno do Maracanã com obras às vésperas de receber a partida entre México e Itália, pela Copa das Confederações - (Foto: Ricardo Moraes).

 Entorno do Maracanã com obras às vésperas de receber a partida entre México e Itália, pela Copa das Confederações - (Foto: Ricardo Moraes).

Entorno do Maracanã com obras dois dias antes do amistoso entre Brasil e Inglaterra - (Foto: Daniel Marenco/Folhapress).

Entorno do Maracanã com obras dois dias antes do amistoso entre Brasil e Inglaterra - (Foto: Daniel Marenco/Folhapress).

 Obras do lado de fora do Maracanã dois dias antes do amistoso entre Brasil e Inglaterra - (Foto: Vanderlei Almeida/AFP).

Catracas do Maracanã - (Foto: Érica Ramalho/Divulgação).


Um comentário:

  1. Eis aí um verdadeiro ganho das manifestações, que aliás só foram ameaçadas pelas ações de vandalismo. É preciso, agora, abaixar o topete e cortar a crista do alcaide Dudu Maluco.

    ResponderExcluir