quinta-feira, 18 de abril de 2013

Fora reeleger-se a qualquer preço, o que quer Dona Dilma para o país?

As desonerações fiscais do governo de Dona Dilma somaram cerca de R$ 45 bi em 2012. O governo anunciou na quarta-feira, 10/4, a inclusão de mais três setores na política de desonerações e ampliou em R$ 52,3 bilhões a renúncia fiscal estimada para 2013 e 2014 com os incentivos.

Apesar disso, a economia não funciona, só patina ladeira abaixo, mas o Brasil também não caiu no abismo por queda de arrecadação como sempre apregoou o governo. Isso evidencia pelo três coisas inequívocas: - i) a barbaridade de gordura que o governo petista da ex-guerrilheira tem p'ra queimar em matéria de impostos, sem cair no abismo mas também sem sair do atoleiro -- como o governo não investe praticamente nada do que arrecada, acaba ficando elas por elas (p'ra pior, é claro):

Taxa de investimento e Taxa de Poupança Bruta no Brasil, ambas em queda (clique na imagem para ampliá-la) - (Fonte: IBGE).

- ii) a economia só faz cair, apesar desse montão de subsídios, mostrando que fracassou o modelo de estímulo ao consumo que virou obsessão da ex-guerrilheira e economista nas horas vagas. Não precisa ter curso de economia para entender que sem mexer e investir na infraestrutura
que liga a produção ao consumo, e sem que haja redução nos gastos do governo a economia emperra (neste último item basta ver os aumentos no número de ministérios e de estatais, sem qualquer corte na máquina paquidérmica já existente).  Levantamento feito pela Folha de S. Paulo mostra que, em uma década, os governos do NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula) e da doce Dona Dilma criaram dez estatais, quatro delas nos últimos dois anos --
não foram incluídas na conta subsidiárias de empresas preexistentes, como a CaixaPar, o Banco Popular e a recém-lançada Infraero Serviços. E vem aí mais uma estatal, a Hidrobrás. Tudo isso única e simplesmente por puro fisiologismo político, para acomodar políticos inexpressivos (quando não também corruptos) da base partidária do governo. E o cidadão, eleitor idiota reincidente, paga essa orgia petista e ainda quer mais. -- iii) Em matéria de decidir o que fazer com a economia do país, o governo mostra a mesma firmeza de um cego pego em tiroteio brabo. A única coisa de que a terna Dona Dilma tem certeza é de que quer reeleger-se a qualquer custo, nem que a vaca tussa e morra por isso engasgada.
As estatais criadas pelo NPA e Dilma (clique na imagem para ampliá-la) - (Ilustração: Editoria de Arte/Folhapress).

A coisa está tão feia, que até o próprio governo jogou a toalha. Pela primeira vez, o governo reduziu, no início do ano, a previsão de crescimento da economia que serve de base para a definição de sua execução orçamentária e financeira. Normalmente, isso só é feito em meados do ano. O Orçamento de 2013 foi elaborado com a projeção de expansão econômica de 4,5%. Ontem, ao divulgar o projeto de lei de diretrizes (LDO), o governo informou que trabalha com crescimento real do PIB de 3,5% em 2013. Essa estimativa ainda está acima daquela com a qual o Banco Central e o mercado trabalham, em torno de 3%. Para 2014, antes o governo projetava alta de 6% no PIB (na LDO de 2013), estimativa ontem reduzida para 4,5%.

Até "ontem", o governo usava um arsenal de adjetivos para qualificar pejorativamente aqueles que se opunham à sua estratégia econômico-financeira e puxavam para baixo as previsões de crescimento do PIB. Eles já foram chamados de profetas do apocalipse, especialistas do negativismo, e outras cositas más. Agora, o governo aderiu a esse time -- se é mea culpa mesmo ou apenas jogada de efeito, a gente vai saber rapidinho. Se a economia continuar na banguela ladeira abaixo, é bom preparar o brejo p'ra receber a vaca.

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