A Iata (Associação Internacional do Transporte Aéreo) cortou suas projeções para 2012 e revisou as deste ano, indicando pior performance na Europa ante a crise e, na América Latina, citando gargalos no Brasil.
 No pior cenário, a perda global em 2012 chegaria a US$ 8,3 bilhões (R$ 
14,9 bilhões).
Comunicado emitido ontem cita o Brasil como "exemplo do que pode dar 
errado" pelo plano de privatizar aeroportos e incluir a Infraero como 
sócia. "É como colocar a raposa cuidando do galinheiro", diz o 
presidente da entidade, Tony Tyler. A Iata está "trabalhando duro com 
autoridades brasileiras para evitar tal erro", acrescentou ele. [É sempre péssimo ouvir de estrangeiros que estamos errados, especialmente quando eles estão com a razão. Só mesmo num regime presidencialista como o nosso, com um Congresso como o nosso, com um eleitorado apático e de amnésia recorrente como o nosso, é que se determina que a Infraero seja sócia obrigatória de algo que se deseja que tenha sucesso. Até parece que ninguém sabe o que acontece há anos em nossos aeroportos, graças à malfadada Infraero. Mas, daí admitir-se que a Iata meta o bedelho em nossas decisões é outra história.]
A Iata tem dois cenários para 2012. No melhor, espera lucrar US$ 3,5 
bilhões --metade do ganho neste ano e 27% menos que o previsto.
No pior, que considera uma crise do sistema bancário e um avanço do PIB 
global de mero 0,8%, haveria prejuízo de US$ 8,3 bilhões.
Para este ano, a organização que reúne 240 companhias aéreas 
responsáveis por 84% do tráfico mundial manteve a projeção de lucro de 
US$ 6,9 bilhões, mas mudou a expectativa por região.
A América Latina foi a mais punida em termos percentuais e teve a 
expectativa de lucro cortada para US$ 200 milhões --um terço do previsto
 antes. Já na Europa, o ganho esperado agora é de US$ 1 bilhão, 29% 
menor. 
Na América do Norte e a Ásia-Pacífico a projeção melhorou --a primeira 
para US$ 2 bilhões e a última, com a expansão do mercado chinês, para 
US$ 3,3 bilhões.
Já em 2012, a América Latina deve lucrar US$ 100 milhões no melhor 
cenário e perder US$ 400 milhões no pior. A Europa ficará no vermelho 
US$ 600 milhões, na projeção otimista, e US$ 4,4 bilhões na pessimista, 
que ainda vê prejuízo na América do Norte (US$ 1,8 bilhão) e na Ásia 
(US$ 1,1 bilhão). 
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