quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

PMDB manobra por Jader Barbalho e mantém tutela do Governo Dilma

Ficou muito mal na foto o ministro Cezar Peluso, atual presidente do STF (Supremo Tribunal Federal): pressionado por caciques do PMDB, que foram pessoalmente ao seu gabinete no Supremo, decidiu ineditamente -- no seu histórico, pelo menos -- dar o voto de Minerva e desempatar a votação que estava impedindo a posse de Jader Barbalho no Senado. Sua decisão é tecnicamente correta, o modus faciendi é que agride o olfato. Por que ele mesmo não usou dessa prerrogativa quando a votação da Ficha Limpa terminou empatada? Desse episódio ficou uma certeza: sob pressão, Peluso decide.

Com a posse de Barbalho, perdemos todos: a nação, a democracia, a ética, a política, e qualquer tentativa de moralização dos costumes políticos neste país -- e, de quebra, crescem a frustração e a desilusão com a nossa Justiça, que decide única e exclusivamente pelo tecnicismo absoluto, que se danem a proliferação de marginais e os prejuízos à ética e aos costumes daí decorrentes.

Há um outro efeito extremamente maléfico da posse de Barbalho no Senado, expresso pelo título desta postagem, que tirei de uma reportagem de hoje do jornal O Estado de S. Paulo: o PMDB reforça sua maioria naquela casa e sua tutela sobre a presidente Dilma, além de, evidentemente, marcar ponto contra o PT, seu maior adversário no presente governo.

Enquanto o STF não sair de sua letargia em relação à Lei da Ficha Limpa, continuaremos a viver os sobressaltos e os pesadelos da eleição e reeleição de uma marginália, já que, infelizmente, parcela ponderável do eleitorado é extremamente submissa ao poder desse tipo de gente.

Assista ao vídeo do Estadão sobre essa matéria: http://tv.estadao.com.br/videos-canal,POLITICA,260,0.htm

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