De fato, por volta das 17h de hoje (horário da França), o Greenpeace informou à Agência France Presse (AFP) ter outros militantes seus "ainda escondidos" em "pelo menos uma outra instalação nuclear" além da de Nogent-sur-Seine, onde 9 ativistas já haviam sido interpelados de manhã. "Temos ainda militantes escondidos em pelo menos um outro local, onde entraram hoje de manhã ao mesmo tempo em que outros ativistas penetraram em Nogent", informou Axel Renaudin, porta-voz do Greenpeace.
Deflagrada hoje de manhã, após a "invasão" de Nogent-sur-Seine, uma busca rigorosa em todas as instalações nucleares do Hexágono [uma designação da França, por causa da forma assemelhada a um hexágono de seu território, ver figura mais abaixo] prosseguia ainda à tarde e "nada havia encontrado" até por volta das 18h, informou o ministério do Interior. "Em nenhum caso foram encontradas pessoas nas áreas sensíveis das instalações nucleares", assegurou à AFP o porta-voz do ministério, Pierre-Henry Brandet.
Não se pode entretanto excluir a possibilidade de que haja militantes escondidos nas áreas de matas ou pantanosas desses locais de usinas nucleares, que às vezes se estendem por "dezenas ou mesmo centenas de hectares". O presidente francês Nicolas Sarkozy disse que "é muita irresponsabilidade arriscar a própria vida e a de outras pessoas".
O ministro do Interior, por sua parte, admitiu que a operação do Greenpeace "revela falhas do nosso dispositivo de segurança", avaliando que "todas as lições devem ser aprendidas para que esse dispositivo seja mais impenetrável, ao contrário de hoje".
A usina nuclear de Nogent-sur-Seine hoje,5 de dezembro de 2011 - (Foto: François Nascimbeni/AFP).
O hexágono formado pelo território da França - (Foto: Google).
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