O texto abaixo é da autoria de Renato Cruz e foi publicado em 05/12 no blogue Link do jornal O Estado de S. Paulo.
O evento Oracle OpenWorld Latin America, que começa amanhã em São Paulo,
terá um estande da Amazon Web Services, serviços de computação em nuvem
da gigante do varejo virtual. A brasileira Dedalus
é parceira da empresa no País. “Estamos trabalhando há um ano com
eles”, afirmou Maurício Fernandes, presidente da Dedalus. “Mas eles são
muito discretos".
A Dedalus tinha uma operação de centros de dados, chamada DHC, que foi
vendida para o UOL em 2009. “Depois que vendemos o data center,
começamos a contratar o serviço deles para nossos clientes, sem nenhum
vínculo”, disse Fernandes. “Depois de 20 clientes, nos chamaram para
conversar. Perguntaram sobre o mercado brasileiro e ficaram animados.”
Atualmente, a Dedalus tem cerca de 50 clientes na Amazon.
Computação em nuvem é o nome que se dá para infraestrutura de tecnologia
da informação e software vendidos como serviço. No desenho que
representa uma rede, a internet costuma ser representada por uma nuvem,
porque é impossível mostrar todos os computadores e conexões que formam a
rede mundial. Daí vem o nome computação em nuvem.
Os analistas costumam dividir o mercado em nuvem pública e nuvem
privada. Nuvem pública é a internet, em que várias empresas compartilham
recursos remotamente. Nuvem privada pode parecer uma contradição em termos, mas é a aplicação
das tecnologias de nuvem à infraestrutura de uma empresa. No lugar de
cada aplicação ter seu servidor e seu sistema de armazenamento, por
exemplo, esses recursos são compartilhados.
A consultoria IDC tem um estudo sobre o tamanho do mercado de nuvem
pública no Brasil. Ele deve passar de US$ 64 milhões no ano passado para
US$ 491 milhões em 2014. A fatia com maior potencial de crescimento é
de software como serviço, que deve passar de 32% do total em 2010 para
39% em 2014. Esse mercado tem atraído cada vez mais empresas iniciantes de
tecnologia. “Daqui para a frente, todo mundo que desenvolve software tem
de ser para a nuvem”, afirmou Anderson Figueiredo, gerente de Pesquisa e
Consultoria da IDC. Para ele, existe um grande mercado nas empresas
pequenas, que não precisam mais comprar servidor ou licença de software.
No ano passado, entre 18% e 20% das empresas brasileiras grandes e
médias usavam soluções de computação em nuvem. Atualmente, esse
porcentual está em 30%. Figueiredo vê três grandes barreiras ao
crescimento do mercado: as preocupações com segurança, os problemas de
qualidade com as conexões de internet no Brasil e o próprio entendimento
do conceito pelos clientes. “De certa forma, não devemos ter a pretensão de explicar o que é nuvem
para o cliente, mas de entregar alguma coisa que funciona”, afirmou
Leandro Fraga, presidente da MIPC.
Sua empresa forneceu uma solução de computação em nuvem para a Fundação
Instituto de Administração (FIA), que ofereceu cerca de 100 tablets
para seus alunos com o conteúdo de seu MBA Executivo.
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