Durante seu discurso no Ministério de Ciência e Tecnologia da China o bilionário norte-americano disse: "A ideia é que [o reator] seja muito barato, muito seguro e gere pouco resíduo". Gates financia a empresa de Washington TerraPower, que está trabalhando em um reator nuclear que possa gerar energia apenar a partir do urânio não-enriquecido. Ele afirma que a TerraPower já teve "discussões muito boas" com a Coorporação Nuclear Nacional do governo chinês.
O co-fundador da Microsoft estima que investimento de cerca de US$ 1 bilhão nessa pesquisa nos próximos cinco anos.
O diretor-geral da estatal China National Nuclear Corporation, Sun Qin, foi citado na mídia chinesa na semana passada como tendo dito que Gates estava trabalhando com ele para pesquisar e desenvolver um novo reator.
A TerraPower diz que seu reator de onda viajante (travelling wave reactor) operará por décadas com urânio não-enriquecido, e produzirá quantidades de resíduo nuclear significativamente menores que os reatores convencionais.
"Todos esses novos projetos serão incrivelmente seguros", Gates disse à plateia. "Não exigem ação humana para permanecerem seguros durante o tempo todo". Ele disse que esses [novos] reatores se beneficiam também de uma capacidade de simular condições de terremotos e tsunamis. "É segurança elevada a um novo nível", disse ele.
Desde que deixou a Microsoft Corp., Gates se concentrou em filantropia e na defesa de temas de saúde pública, educação e energia limpa. Ele esteve no Ministério da Ciência e Tecnologia [chinês] para discutir sobre um projeto conjunto entre a China e a Fundação Bill & Melinda Gates de apoio a pesquisa e desenvolvimento inovadores para ajudar a reduzir a pobreza.
Gates disse que o ministério ajudará a identificar empreendedores e empresas para fabricar novos produtos, na saúde e na agricultura globais, "para mudar as vidas das pessoas pobres", incluindo novas vacinas e diagnósticos e sementes geneticamente modificadas. "A China tem muito com que contribuir porque resolveu ela mesma muitos dos problemas da pobreza, não todos mas muitos deles, e muitos países asiáticos, sul-asiáticos, e africanos estão bem atrasados [em relação a ela], seja em agricultura ou saúde", disse Gates. Não foi mencionado nenhum projeto concreto de redução de pobreza.
Bill Gates, cofundador da Microsoft, dá uma palestra no Ministério de Ciência e Tecnologia da China nesta quarta-feira, 07/12/2011 - (Foto: Andy Wong/AP).
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