sábado, 22 de fevereiro de 2014

Somos lambões desde o império, infelizmente

Com a aproximação do Carnaval e o aumento dos blocos carnavalescos nas ruas do Rio e de outras cidades do país ressurge e volta a incomodar a questão dos mijões em praça pública, um dos inúmeros péssimos hábitos que marmanjos mal-educados de todas as classes sociais resolveram praticar neste patropi de todas as nuances. Essa agressão aos bons modos e aos bons costumes se exacerba no reinado de Momo, mas lamentavelmente não tem sido exclusiva dele.

Infelizmente, esse péssimo costume já se praticava no Rio na época do império, como se observa pela aquarela abaixo, de Jean-Baptiste Debret, que retrata um senhor urinando na rua enquanto seu escravo o protege do sol:



(Origem da imagem: Google)

Debret (1768-1848) foi um pintor e desenhista francês que integrou a Missão Artística Francesa ao Brasil em 1816 que fundou no Rio de Janeiro uma academia de Artes e Ofícios, mais tarde Academia Imperial de Belas Artes, na qual ele lecionou pintura. Debret aqui permaneceu 15 anos, até 1831. De volta à França, publicou seu famoso livro Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil -- Debret deixou um legado de desenhos e aquarelas considerados uma crônica valiosíssima de aspectos e costumes do nosso período imperial.

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