quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Estudantes boçais ocuparam e depredaram a USP

Uma universidade, por definição é -- e precisa ser, tem que ser -- um centro de excelência, formador de líderes e de multiplicadores do saber lato sensu (o que inclui imprescindivelmente ética, bons costumes e civismo) no âmbito de uma sociedade. Uma universidade tem que ser um foco de arejamento cultural dessa sociedade.

Lamentavelmente, fatos recentes nos permitem questionar se essa definição se aplica a algumas universidades brasileiras e, em particular, à USP - Universidade de S. Paulo. A invasão recém-terminada de um prédio da USP nos dá sérios indícios de que o que ali está germinando é um bando de cidadãos de baixíssima categoria, absolutamente inconvenientes e nefastos a qualquer sociedade que se preze e que queira se preservar salubre sob qualquer ponto de vista.

A título de defender a escolha do reitor por eleição direta, um grupo de estudantes ocupou durante 42 dias o prédio da reitoria da USP e só o abandonou depois que uma decisão judicial deu respaldo à "reintegração de posse" do prédio pela polícia, se necessário fosse. Antes de qualquer outra consideração, é simplesmente um absurdo permitir-se que um imóvel de quem quer que seja venha a ser ocupado sem mais nem menos, e ainda por tanto tempo. Quem consentiu para que isso ocorresse deveria ser processado, por permitir a tomada de um patrimônio (público, no caso). 

A USP tem sido vítima recorrente dessas agressões. Em 2007, foi ocupada durante 51 dias e em 2011 por uma semana. Por estranha e sintomática "coincidência", os invasores têm sido majoritariamente da chamada área de ciências "humanas". Há aqui um claro equívoco de denominação, pois esses invasores predadores são na verdade uns quadrúpedes.

Como de outras vezes, os invasores deixaram o prédio completamente depredado e destruído, com pichações por todo lado e móveis e computadores inutilizados, como mostram as fotos abaixo. Um caos. Quem destrói a casa que o alimenta culturalmente é um troglodita, um boçal, um estúpido, um palhaço, um moleque. Desse tipo de indivíduo a sociedade não pode esperar absolutamente nada que preste -- ao contrário, precisa proteger-se contra ele. Registre-se que esses atos de barbárie ocorreram e ocorrem naquela que é considerada a melhor universidade do país.

O vandalismo na USP e o que vem ocorrendo nas ruas são facetas da armadilha que o país preparou para si mesmo. Criaram-se estereótipos pétreos que imobilizaram o governo e a sociedade: a polícia definitivamente não presta e é a única culpada por tudo que acontece de ruim em espaços abertos e fechados deste país, e a liberdade de expressão é intocável mesmo quando estuprada em praça pública por vândalos boçais mascarados ou violentada por universitários em prédio de reitoria. Essa é uma democracia de araque, um deboche. Com esse tipo de maniqueísmo, estamos forjando uma geração de monstros e monstrengos anárquicos que já nos causam sustos, preocupações e arrependimentos. E isso é muito ruim.


Fotos de uma boçalidade (detalhe: praticada por universitários)





Quem fez essa destruição mostrada aí acima, e nas fotos que se seguem, foi um bando de estudantes universitários boçais da melhor universidade do país. Teoricamente, são formados para serem líderes da cultura e do bem. Todas as fotos acima são de Nelson Antoine, da Fotoarena.

Uma das salas da reitoria da USP, invadida e destruída por estudantes universitários. - (Foto:Marcos Bezerra/Futura Press/Estadão conteúdo).

Durante 42 dias de ocupação por estudantes, o prédio da reitoria da USP teve salas vandalizadas e pichadas, equipamentos danificados e sujeira acumulada. A foto acima é da copa do edifício. - (Foto: Bruno Santos/Terra).

Sala foi um dos locais pichados pelos estudantes grevistas - (Foto: Bruno Santos/Terra).

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