O governo lançou nesta quinta-feira um pacote de medidas de redução de impostos para incentivar "o investimento, o crédito e o consumo em meio a um cenário internacional adverso", segundo o Ministério da Fazenda.
O pacote engloba reduções no IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados), no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e no
PIS/Cofins. O IPI será reduzido para os eletrodomésticos da linha branca: a
tributação cai de 4% para zero nos fogões, de 15% para 5% em geladeiras e
de 20% para 10% em máquinas de lavar. As medidas vão vigorar até 31 de
março de 2012.
O IOF, por sua vez, cai de 3% para 2,5% ao ano para o crédito a pessoa
física. Caem também as taxas (de 2% para zero) sobre investimentos
externos em ações e de 6% para zero o IOF sobre aplicações de
não-residentes em títulos privados de longo prazo.
O governo também eliminou o PIS/Cofins sobre massas e prorrogou a
desoneração sobre farinha de trigo e pão comum - medida que, diz a
Fazenda, "contribui para reduzir a tributação indireta sobre alimentos".
[Olhando com olhos de consumidor, parece-me que o governo está no caminho certo ao tomar medidas que favoreçam o mercado interno, a grande tábua de salvação do país. Quanto à desoneração do crédito para pessoa física, fico com o pé atrás porque o brasileiro adora se endividar primeiro, e se preocupar com o pagamento depois, e essa medida chega junto com o 13° salário -- há toda uma classe emergente ávida de produtos que antes não podia acessar e/ou consumir, e que pode não resistir à tentação de um crédito mais "barato" (isso sem falar nos que já têm o vício de viver pendurados em dívidas). Torçamos para que isso não aconteça.]
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