O Brasil aparece em 11ª posição com melhor estabilidade financeira entre 60 países no Índice de Desenvolvimento Financeiro, à frente de todos os países da zona do euro, dos Estados Unidos e do Japão.
O índice, divulgado hoje pelo Fórum Mundial de Economia, leva em conta a
 estabilidade da moeda, do sistema bancário e o risco de crise da dívida
 soberana.
A Arábia Saudita lidera nesse item, seguida da Suíça e, de maneira 
surpreendente, a Tanzânia em terceiro lugar. No índice global, levando 
em conta 120 diferentes dados, Hong Kong pela primeira vez lidera o 
ranking, superando os EUA e o Reino Unido. Hong Kong se destaca por seu 
desempenho em IPOs (primeira oferta pública de ações, quando a empresa 
abre o capital) e seguros.
O fórum analisa o desenvolvimento financeiro, incluindo eficiência e 
tamanho dos bancos e de outros serviços financeiros, o ambiente de 
negócios, a estabilidade financeira, a transparência e liderança do 
mercado. O Brasil aparece em 30ª posição, ganhando um posto em relação 
ao ano passado.
O relatório aponta baixo grau de liberalização do setor financeiro no 
pais (43ª posicão entre 60), e alto custo para fazer negócios (46ª) [nossa famigerada burocracia e outras chatices que oneram o chamado "custo Brasil"].
A maior vantagem do Brasil seria nos serviços financeiros não bancários 
(11ª), com IPO (9ª) e fusões e aquisições (14ª), sendo atividades que 
permanecem "particularmente robustas".
O Brasil aparece em último lugar como o país com mais peso de regulação 
governamental no setor financeiro, e também sofre (50ª posição) na 
"diversão" de fundos públicos, ou seja, corrupção.
Também sofre com a ineficiência da Justiça e com o número de 
procedimentos para assegurar um contrato (55ª), conforme o relatório. 
Segundo o relatório, 90% dos países pesquisados não voltou aos níveis de
 antes da crise de 2008 em termos de acesso ao capital. Os desafios ao 
financiamento do crescimento econômico permanecem, especialmente o 
acesso ao crédito e financiamento por meio do mercado local de ações.
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