terça-feira, 9 de julho de 2013

Dificultando a espionagem pela NSA americana

[Nestes tempos indigestos, a espionagem do Big Brother americano sobre nossas vidas é mais um ingrediente para nos revoltar. Começam a surgir dicas sobre como se proteger contra essa invasão absurda de privacidade, como as feitas por Carlos Alberto Teixeira ontem pelo Globo e reproduzidas abaixo.]

Apesar da maioria esmagadora dos internautas não dar a mínima por estar ou não sendo espionada pela NSA, alguns usuários estão num patamar mais elevado no quesito paranoia.  Para estes, uma das saídas é criptografar mensagens sigilosas de e-mail. Os mais radicais preferem criptografar todas as mensagens, mas aí já é exagero. Uma ferramenta razoavelmente confiável é o Hushmail <http://www.hushmail.com>, onde se pode criar uma conta grátis para pequenos volumes de tráfego, armazenando até 25MB de mensagens, com a condição de que a conta precisa ser acessada pelo menos uma vez a cada três semanas, caso contrário é desativada automaticamente pelo site.

No Hushmail, a encriptação se dá por meio de uma pergunta e uma resposta. Quem recebe a mensagem precisa saber a resposta a uma pergunta livre que o remetente estipula. No uso diário, em mensagens ponto a ponto, o ideal é usar uma pergunta cuja resposta apenas o destinatário conheça, algo que pode ser combinado pessoalmente com o remetente — não por telefone, que pode estar grampeado.  O Hushmail tem planos pagos com maior capacidade de armazenamento e também planos corporativos. O site foi criado com o apoio de Phil Zimmermann, criador do PGP — o primeiro software grátis de criptografia por chave pública (veja <http://goo.gl/y5llu>).

Vários sites oferecem serviço semelhante ao do Hushmail. O site “How-To-Geek”, por exemplo, oferece 31 opções no total, no link <http://goo.gl/sKfjK>.

Para os mais obsessivos, uma solução mais robusta, oferecendo criptografia realmente difícil de quebrar, é instalar o gratuito GnuPG <http://gnupg.org>, de onde pode ser baixado o pacote binário para Windows denominado Gpg4Win <http://gpg4win.org>. Outra opção robusta, esta paga, é o Symantec Encryption Desktop, anteriormente conhecido como PGP Desktop.

Para conversas por voz e mensagens de texto, a Silent Circle <https://silentcircle.com> oferece soluções de criptografia para usuários domésticos, corporativos e governamentais. Outro fornecedor bem cotado é a alemã GSMK CryptoPhone <http://www.cryptophone.de>.

Quanto à navegação na web, o usuário mais preocupado com seu anonimato não pode nem pensar nas “incognito windows” do navegador Chrome, do Google. Apesar desta modalidade do Chrome não deixar rastros no histórico do dono da conta, é quase certo que o Google mantém os dados em seus servidores.

A solução mais confiável é a rede de anonimato Tor (The Onion Router = o roteador cebola), baseada num software gratuito que redireciona o tráfego internet por uma rede mundial de servidores mantidos por voluntários — são cerca de 3 mil repetidoras que ocultam o tráfego como se fossem camadas de uma cebola, dificultando a qualquer interessado vigiar ou analisar o tráfego de um usuário na rede. O site oficial do Tor é <https://www.torproject.org>, mas o software ainda é pouco amigável para usuários domésticos inexperientes.














 

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