Com sua costumeira, reiterada e insuportável descompostura, Lula voltou a agredir nossos ouvidos e nossas consciências ao chamar de leviano o relatório de auditoria técnica do TCU que constatou e afirma que a distribuição de verbas feita pela Secretaria Nacional de Defesa Civil, vinculada ao Ministério da Integração Social (MIS), não segue parâmetros técnicos, o que dá margem a desvios e uso político do dinheiro disponível para evitar tragédias. Como prova disso, diz o TCU, em 2008 e 2009 a Bahia recebeu daquela secretaria R$ 114,2 milhões (64,6 % do total do país) para os municípios baianos fazerem obras de contenção, sem qualquer histórico ou análise de risco justificáveis, enquanto, no mesmo período, o Estado do Rio recebeu apenas R$ 1,5 milhão (0,9 % do total do país).
Até pouco mais de uma semana o MIS era gerido por Geddel Vieira Lima, do PMDB, que se desincompatibilizou para ser candidato a governador sabem de onde? Da Bahia ... Este tipo de coincidência virou uma espécie de marca registrada do governo Lula e de sua base governista.
Em Nota à Imprensa datada de ontem (08/4), o TCU informa que a Auditoria Operacional na Secretaria Nacional da Defesa Civil foi realizada a pedido do Congresso Nacional e que, antes de serem submetidos ao seu Plenário, todos os fatos detetados foram levados ao conhecimento do Ministério da Integração Nacional para sua manifestação. O relatório da Auditoria está disponível online.
O relator dessa auditoria foi o Ministro Benjamin Zymler que, antes de ingressar no TCU em 1998 em concurso público de provas e títulos, foi durante 15 anos um brilhante engenheiro eletricista na Eletrobrás e consultor, com quem tive o enorme prazer de conviver profissionalmente. O Benjamin é uma pessoa irrepreensível, sob qualquer aspecto, e chamá-lo de leviano para defender-se e defender uma figurinha carimbada como Geddel Lima só mesmo um desequilibrado sem qualquer senso de autocrítica como Lula.
Nosso presidente se sente canonizado pelos índices de popularidade, age como se papa fosse no seu vaticanozinho em Brasília, infalível e liberto para agir como um falastrão, que não contente e satisfeito em agredir o vernáculo e o país inteiro sai em caravanas rolidays pelo mundo afora, deitando falação e frequentemente nos expondo ao ridículo, como em sua inesquecível atuação em Cuba. Cáspite, que carma o nosso!!
Noves fora a recorrente postura de nosso presidente, o que mais me chamou a atenção nesse episódio, Vasco, foi - na falta de termo melhor - a subserviência de nossa imprensa. Literalmente, ao menos no que tive oportunidade de ler e ouvir, nada foi apurado decentemente.
ResponderExcluirLiteralmente, 'ficou por isso mesmo'.
Abs.,