terça-feira, 3 de setembro de 2013

Dona Dilma e seu jogo duplo -- dá chilique contra o Big Brother e baixa a cabeça e a espinha dorsal para a Bolívia

Não sei se Dona Dilma, a doce, gosta de assistir peças teatrais, mas não há a menor dúvida de que adora fazer seu teatrinho. Usando e abusando de caras e bocas, arrematadas por olhares furibundos, nossa Dama de Ferrugem é um tremendo show de histrionismo.  Só que, como tudo o que faz na vida, nossa supersimpática usa de jogo duplo também na política externa.

Ela agora está posando de superofendida com a espionagem de que foi vítima dos EUA. A denúncia de primeira página do Globo, em sequência ao que a TV Globo expusera na véspera, veio apenas confirmar o que 150% das pessoas com um mínimo de informação já desconfiavam. Não há a menor dúvida de que a espionagem é revoltante, é coisa de moleque e tem que ser protestada com toda a veemência, mas é bom ser comedido no derrame de bílis, coisa em que Dona Dilma, a doce, é absolutamente ignorante.

Não sei se cancelar a viagem oficial a Washington é a medida certa a ser tomada -- pode sê-lo do ponto de vista diplomático, mas do ponto de vista pragmático tenho sérias dúvidas. E nesta última década, nada mais distante dos nossos interesses do que o Itamaraty. Por que não ir a Washington e reiterar cara a cara com Obama, e depois em comunicado oficial, nossa repulsa à espionagem? Indo ou não a Washington, seria bom que a nossa terna ex-guerrilheira e seu exército Brancaleone diplomático (agora com novo comandante) revisassem com atenção o que aconteceu no mundo das relações internacionais depois que Edward Snowden detonou seu arsenal NSA de armas de destruição em massa. Não escapou ninguém, nem mesmo "aliados" de maior peso para os EUA que o Brasil. É interessante ver como essa gente reagiu e ver aí que lições se pode tirar disso. Cancelar a viagem a Washington vai ser ótimo para Obama -- ele poderá comer seu hamburguezinho com calma e não terá que aturar aquela cara insuportável de eterna TPM de Dona Dilma, a doce.

Agora, o estranho mesmo é esse carnaval com os EUA e a vil subserviência com as Bolívias e Argentinas da vida. A Bolívia virou catedrática em nos fazer de palhaço. No dia 01 de maio de 2006 -- dia do Trabalhador -- o exército boliviano ocupou duas refinarias da Petrobras  (p'ra variar, a Abin, nossa agência de inteligência de quatro patas foi incapaz de antecipar a atitude boliviana). O que o governo petista do NPA fez? Lhufas. Em julho de 2012, empresas brasileiras relatavam dificuldades para fazer negócios na Bolívia e se queixavam de perseguição pelo governo de Evo Morales, que nessa altura já estava pau da vida com o Brasil por causa do asilo concedido ao senador Roger Pinto. O que Dona Dilma, a doce, e o Itamaraty fizeram? Xongas. Há fortes indícios de que a Bolívia impôs condições absurdas para infernizar a vida daquele senador dentro da nossa embaixada, tudo seguido à risca pelo Itamaraty -- consta também que a saída do embaixador Marcel Biato de La Paz foi feita por exigência de Evo Morales. E o Brasil fez tudo que o chefe mandou.

Em outubro de 2011, o avião da FAB que levou o ministro da Defesa Celso Amorim a La Paz foi invadido e vistoriado pela Bolívia sem autorização. O que Dona Dilma, a doce, e o Itamaraty fizeram? Absolutamente nada -- e, além de não fazer nada, esconderam de nós que duas outras afrontas idênticas já haviam ocorrido, também sem qualquer reação nossa. Com a Bolívia, adoramos ser mulher de malandro e bobo da corte.

Com a Argentina, nossa relação é também doentia, masoquista, coisa de divã.

A década petista também fez estragos irreversíveis em nossa política externa, e nossa Dama de Ferrugem está se esmerando em deixar sua marca nesse desastre, inclusive com esse arremedo de indignação com os EUA. Enquanto isso, Evo Morales e Cristina Kirchner se urinam de rir às nossas custas.

Um comentário:

  1. Caro Vasco, esse chilique da guerrilheira me lembrou um filme bastante antigo, que no Brasil se chamou "O rato que ruge"...

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