Ryan Lochte, o idiota "made in USA"

Postei o texto abaixo no meu Facebook ontem, 19/8, antes portanto da entrevista que Ryan Lochte concedeu à Globo nos EUA, divulgada hoje no Jornal Nacional, em que ele confirma seu mau-caratismo. Apesar de pedir desculpas aos cariocas, à polícia do Rio e ao Brasil, o pilantra não disse taxativamente que mentiu -- disse que "exagerou", que estava muito bêbado e que até hoje não consegue entender ou saber o que houve "realmente" no posto de gasolina. Ou seja, confirmou que é um completo idiota, um boçal. Detalhe: ele deu entrevista sem aquele ridículo cabelo prateado com que veio à Rio 2016.

Ryan Lochte, o idiota "made in USA"

Vasco Costa -- Facebook, 19/8/2016

Idiotas existem no mundo inteiro, aqui mesmo estamos cheios deles, principalmente na política, no Congresso Nacional, no Palácio do Planalto, no Palácio da Alvorada e em algumas das altas cortes do país, por exemplo. Mas, americano idiota é pior porque à asnice somam-se a empáfia e o complexo de super-herói, de Capitão América. Ryan Lochte é o exemplo escarrado desse tipo de babaca.

Um cara de 32 anos que pinta o cabelo de prateado para participar de uma Olimpíada ou não tem nada no cérebro, ou o tem repleto de fezes. Vou usar como minhas as palavras de Sally Jenkins, colunista esportiva do The Washington Post em sua coluna de hoje (https://www.washingtonpost.com/…/673d9bdc-6540-11e6-96c0-37…). Diz ela, entre outras coisas:

"Ryan Lochte é a coisa mais estúpida de que se tem memória. O nadador de 32 anos é tão confinado à imaturidade, a um comportamento juvenil, que fez uma noitada com caras que podiam perfeitamente chamá-lo de tio.

(...) Há uma categoria especial de de "irmão" americano repulsivo, que é representada por Lochte com sua camiseta, seu jeans e seu sapato de camurça caro, que ele exibiu em mídias sociais na festa naquela noite, junto com a etiqueta de preço [do sapato]. (...) Há alguma coisa pior, em qualquer país, do que um bando de jovens qualificados de bêbados que quebram mobília e urinam na parede? Não há tradutor necessário para isso, não há norma cultural que desculpe isso. Se eu estivesse trabalhando naquele posto de gasolina brasileiro, eu poderia também ter puxado uma arma para eles.

(...) Igual ao seu desrespeito ao dono do posto de gasolina e à polícia foi o desrespeito de Lochte aos seus companheiros nadadores. Primeiro, ele descreveu seus colegas de delegação americanos arriando-se ao solo enquanto "eu recusei", como se apenas ele tivesse a coragem e a ousadia de ficar de pé. OK, tá bem. Esse é um cara que provavelmente mente para sua própria mãe. Ele então viajou pra casa, deixando que os jovens nadadores lidassem com as consequências do ocorrido. E, quando de volta nos EUA, fez postagens estúpidas nas redes sociais, alheio às tensões por que eles passavam, enquanto detidos pela polícia e com seus passaportes confiscados".

Palmas para Sally Jenkins. Ela não deixa de fazer comentários desairosos (mas pertinentes) à violenta cidade do Rio e à sua polícia também violenta e corrupta, mas não deixou barato pro basbaque do Ryan Lochte. Isto é um tremendo avanço.