quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O que aconteceria na Argentina com uma desvalorização do real?

Ainda sob os efeitos da recente visita de Dilma à Argentina, em que, mais uma vez, novas juras de amor foram trocadas e mais de uma dezena de acordos foram firmados entre os dois países, é interessante ler o artigo da autoria de Roberto  Cachanosky publicado em 28/1/11 pelo jornal argentino La Nación, com o mesmo título desta postagem. Antes de reproduzir trechos desse artigo, gostaria de expressar meu permanente pessimismo com referência às nossas relações com a Argentina, pelo simples fato de que os argentinos são absolutamente inconfiáveis -- nossas relações com esses hermanos é inteira e permanentemente hipócrita: o  Brasil bancando sempre o marido traído e a mulher de malandro, e a Argentina nos passando p'ra trás. Entre os vários acordos assinados entre Dilma Rousseff e Cristina Kirchner há um contra barreiras protecionistas, como se ninguém soubesse que há mais de um ano a Argentina impõe barreiras contra produtos brasileiros para proteger sua indústria capenga!

O artigo do La Nación traça considerações interessantes sobre os efeitos de uma eventual desvalorização do real na economia argentina. O autor chama a atenção para o fato de que, por exemplo, já com o câmbio atual (1 dólar = 1,67 dólares, mais ou menos) o Brasil tem um superávit comercial de 4 bilhões de dólares com a Argentina (este superávit tem sido a permanente desculpa de nossos diplomatas para engulir os sapos argentinos), pior será para os argentinos se o real se desvalorizar frente ao dólar, porque aumentariam as exportações brasileiras para a Argentina e cairiam as exportações argentinas para o Brasil Leia mais.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Chile pode sofrer novo tremor depois da tragédia de 2010

Um estudo publicado pela revista Nature Geoscience no domingo dia 30/1 diz que pode ter aumentado o risco de ocorrer um novo terremoto no centro do Chile -- no ano passado o país foi atingido por um terremoto e tsunamis que mataram mais de 500 pessoas.

De acordo com cientistas, o sismo de 8,8 graus na escala Richter que atingiu o país no dia 27/2/2010 não liberou todas as tensões acumuladas ao longo de uma falha ao sul de Santiago, que desde 1835 já originou seis tremores de terra (1835, 1928, 1939, 1960, 1985 e 2010) -- o pior deles foi o de 1960, em Valdívia (sul do Chile), com 9,5 graus, considerado o pior do mundo. Os cientistas examinaram dados de tsunamis, satélites e outras fontes para avaliar os riscos em uma área chamada "Fenda de Darwin", na costa ao redor da cidade de Concepción, na região central do Chile. Leia mais.

Apple torna mais rígido o controle sobre a Loja App ("App Store")

Vários programadores de aplicações para os dispositivos da Apple já foram avisados de que não vão poder vender conteúdos para as aplicações que desenvolveram, nem permitir o acesso por parte dessas aplicações a conteúdos adquiridos fora da App Store. Entre empresas de renome atingidas encontra-se a Sony, com seus e-books e seus aplicativos para o iPhone, que permitiria que pessoas comprassem e lessem e-books adquiridos na Reader Store da Sony -- tudo isso agora tem que ser feito via App Store. Essas alterações fazem parte de uma iniciativa da Apple para tornar mais rígido seu controle sobre a App Store.

Isso pode afetar também companhias como a Amazon e outras, que vendem leitores de e-books que competem com o iPad tablet da Apple e oferecem grátis aplicativos para celulares para que seus clientes possam ler em outros dispositivos os e-books que tenham comprado. O dono de um iPad, por exemplo, não era obrigado a ter um Kindle para ler livros Kindle comprados na Amazon. Isso agora pode mudar. Leia mais.

A UNESCO pede que o Egito proteja seus tesouros nacionais

À margem do movimento popular que sacode o Egito, a Unesco (sigla em inglês para Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas) lançou hoje um apelo para a salvaguarda do patrimônio do país, demandando medidas de proteção aos "tesouros" egípcios. "O patrimônio cultural egípcio, quer se trate de monumentos ou de objetos, é uma parte do patrimônio da humanidade, transmitida até nós através dos tempos", disse Irina Bokova, diretora-geral da organização. "As 120 mil peças do museu egípcio do Cairo são inestimáveis", acrescentou.

No domingo, duas múmias da época dos faraós foram seriamente danificadas numa tentativa de roubo, quando os ladrões se aproveitaram de uma manifestação pública. Na véspera, dezenas de egípcios fizeram uma corrente humana para evitar pilhagens. Leia mais. -- Esta postagem é um complemento a uma outra que fiz hoje de manhã sobre o mesmo assunto.
Uma estátua representando Toutankhamon é exposta junto à sua máscara de ouro, no Museu do Cairo. (Associated Press/Amir Nabil)

Mais uma vez os EUA colhem o que plantaram, agora no Egito

Durante os 30 anos de poder ditatorial de Hosni Mubarak no Egito os EUA o sustentaram com uma ajuda financeira só inferior à prestada a Israel, que é hors concours. Durante esse período, e com esse enorme apoio, Mubarak se converteu em peça chave na região, antepondo-se ao Irã e não hostilizando Israel. As perspectivas crescentes de sua queda e a enorme incógnita quanto ao tipo de governo que poderá sucedê-lo estão tirando o sono de americanos e israelenses, que simplesmente não sabem de que lado ficam no momento em que praticamente todo o Egito se rebela contra Mubarak e insiste em sua renúncia.

Repete-se no Egito a mesma lambança estratégica cometida por Tio Sam no Iraque e no Afeganistão, só para falar em casos mais recentes que estão infernizando os EUA. Movendo-se como um elefante em uma loja de porcelana chinesa, as autoridades americanas continuam cometendo suas gafes antológicas: enquanto milhares de egípcios marchavam nas ruas do país pedindo a saída de Mubarak, o vice-presidente americano Joe Biden defendeu publicamente o governante egípcio contra a acusação de que ele é um ditador, enquanto a Secretária de Estado Hillary Clinton manifestava sua confiança na estabilidade do regime. Frente a esse tipo de atitude, não é de espantar que manifestantes egípcios comecem a demonstrar sua convicção de que os EUA estão contra eles. Leia mais.

Na confusão que reina no Egito saqueadores põem em risco os tesouros históricos e arqueológicos do país

Arqueólogos manifestaram no domingo profunda preocupação quanto à ameaça aos tesouros históricos do Egito por saqueadores, enquanto o país é sacudido por protestos. Os 24 museus nacionais egípcios estão agora sob a a proteção do Exército, e os danos já causados ao museu do Cairo (que abriga milhares de peças de valor inestimável) foram considerados limitados. No entanto, autoridades egípcias e egiptólogos americanos afirmaram estar preocupados com as notícias de que estariam ocorrendo saques em Saqqara, um famoso sítio arqueológico ao sul do Cairo, onde se encontra a primeira pirâmide de pedra do Egito e centenas de tumbas que abrangem três mil anos da rica e profunda história cultural do país.

Na sexta-feira o museu do Cairo foi invadido e saqueadores roubaram todas as jóias de sua loja. Leia mais.

Câmeras contra infrações de trânsito salvam vidas e dão retorno financeiro nos EUA

No período de junho de 2009 a maio de 2010 as chamadas "câmeras da luz vermelha" (câmeras que fotografam infratores de trânsito, quer por alta velocidade quer por desobedecer sinais vermelhos) instaladas em Washington emitiram 85.678 multas e arrecadaram 7,2 milhões de dólares, o que faz com que alguns as acusem de máquinas de fazer dinheiro. No entanto, o primeiro estudo completo e definitivo emitido sobre elas mostra que houve, num período de cinco anos,  uma redução de 26%  de acidentes fatais de trânsito nos locais em que foram instaladas. Outro aspecto benéfico apontado em relação ao seu uso é que as mais de 50 câmeras instaladas evitaram o desvio de 100 policiais para cuidar do trânsito, em vez de se dedicarem às suas funções e atividades mais específicas. Leia mais.

No Brasil já temos algo semelhante em várias cidades, mas o problema é que imediatamente a criatividade da marginália entra em funcionamento e o sistema é sabotado na aplicação das multas. Vêem-se normal e frequentemente anúncios de despachantes que garantem a eliminação dessas multas.