sexta-feira, 8 de maio de 2015

A incompetência abrangente e eclética de Dilma NPS expõe nossa diplomacia e nossos diplomatas a vexames e humilhações no exterior

[No governo de Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia) a única coisa que se salva é a arquitetura do Palácio do Planalto. No mais, tudo é um desastre na beira do irrecuperável. Também na política externa, a madame se move com a sutileza de um elefante cego e mau humorado numa loja de porcelana chinesa -- há cacos por todos os lados, aqui e alhures, em todos os continentes. A ex-guerrilheira não acerta uma, nem por ação nem por omissão.

No início do ano passado, Dilma NPS fez dois discursos em Bruxelas absolutamente paspalhos e ininteligíveis. Em 24 de setembro de 2014, em seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, nossa Dama de Ferrugem fez da tribuna dessa Organização um palanque para sua campanha política e para seu bestialógico em política externa

As posições oficialmente adotadas pelo Brasil frente a conflitos internacionais sangrentos é dúbia, incoerente e nefasta -- ver, por exemplo, as postagens "Brasil atrapalha a luta por democracia na Síria, diz opositor" e "Afinal, o que quer e faz o Brasil em relação ao genocídio na Síria?". 

No governo Dilma NPS nosso país já foi chamado de "anão diplomático" duas vezes por autoridades internacionais -- ver postagem de 14/10/2012  e reportagem do site G1. O Brasil já foi chamado no cenário internacional de "cúmplice" de governos que desrespeitam direitos humanos, além de "infantil" e "adolescente" por sua reação à posição da CIDH - Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA sobre a usina de Belo Monte.

Não contente em aviltar o nome do país em termos geopolíticos, Dilma NPS resolveu expor o Brasil ao extremo ridículo também nos aspectos financeiros da política externa. Vejamos as reportagens abaixo. Tudo o que esta aí descrito é um absurdo, uma afronta inadmissível à dignidade do país e de nossos diplomatas! O que estiver entre colchetes e em itálico é de minha responsabilidade.]

Sindicato de servidores do Itamaraty cobra na Justiça pagamento de auxílio 

Folha de S. Paulo, 06/5/2015

O Sinditamaraty (Sindicato Nacional dos Servidores do Ministério das Relações Exteriores) anunciou nesta quarta (6) ter ajuizado uma ação coletiva cobrando da chancelaria brasileira o pagamento de parcelas da indenização de residência funcional atrasadas.

A ideia é garantir ainda a quitação "mensal, tempestiva e integral" das parcelas futuras.

Segundo o sindicato, desde o ano passado, os repasses vêm sendo reiteradamente interrompidos. "A parcela destina-se ao pagamento do aluguel residencial de servidores do MRE no exterior, o que em alguns casos alcança 60% a 130% do total da remuneração destes", diz o texto do Sinditamaraty.

O sindicato disse ter optado pela via judicial porque o ministério não deu uma "previsão concreta de normalização dos próximos repasses ainda que tenha sido aprovada dotação orçamentária de R$ 416 milhões com destinação ao custeio do órgão em 22 de abril".


A falta de pagamento desse auxílio é uma das principais pautas que levou os servidores a aprovarem, em 13 de abril, uma nova greve da categoria.

Foi dado, no entanto, o prazo até esta quarta (6) para que o pagamento fosse regularizado. Com a aprovação de mais de uma verba para o pagamento, o Sinditamaraty convocou nova assembleia para deliberar novamente sobre a greve. O prazo da consulta termina à 0h desta quinta (7).


Dívida do Brasil na ONU aumenta 52% e chega a R$ 781 milhões

Jamil Chade -- O Estado de S. Paulo, 06/5/2015

A dívida do Brasil na ONU aumenta em 52% e o governo deve à entidade R$ 781 milhões, cerca de US$ 258 milhões. A dívida é a segunda maior do mundo, superada apenas pela conta dos EUA. Hoje,o País foi citado em um comitê financeiro da ONU numa “lista negra” dos maiores devedores, distribuída a todos os governos e funcionários.A publicação tem como meta constranger o País devedor.

Ao final de 2014, o Estado revelou com exclusividade que o Brasil devia US$ 76,8 milhões ao orçamento regular da secretaria da ONU, além de outros US$ 87,3 milhões para as operações de paz dos capacetes azuis e US$ 6 milhões que são destinados para os tribunais internacionais criados pelas Nações Unidas. No total, US$ 169 milhões.

Naquele momento, o governo indicou que iria começar a quitar suas dívidas e o novo chanceler, Mauro Vieira, proliferou reuniões com o Ministério do Planejamento, esperando acabar com a saia-justa. Mas quatro meses depois, em seu novo informe, a ONU revela que a dívida brasileira aumentou.

No orçamento regular da ONU, o Brasil deve um total de US$ 156 milhões. Nesse capítulo, apenas os americanos superam o Brasil, com um dívida de US$ 1 bilhão, mas com uma contribuição 20 vezes maior que a do Itamaraty. Os dados foram apresentados nesta terça-feira pelo sub-secretário-geral da ONU, Yukio Takasu. A lista dos maiores devedores ainda inclui a Itália, em terceiro lugar com um buraco de US$ 121 milhões, México com US$ 50 milhões e Venezuela com US$ 30 milhões.

No total, a dívida dos estados com a ONU chega a US$ 1,5 bilhão e o Brasil representa 10% do buraco no orçamento regular, apesar de contribuir com menos de 3% do dinheiro da entidade. No capítulo sobre as operações de paz da ONU, a entidade alerta que tem um déficit de US$ 1.9 bilhão. O maior devedor é uma vez mais os EUA, com US$ 1,1 bilhão. Em segundo lugar vem a Ucrânia, país em guerra. O Brasil aparece na terceira colocação, com um déficit de US$ 100 milhões. « Esse é um momento critico para as operações de paz”, alertou Takasu.

No que se refere às contas dos tribunais internacionais, o Brasil soma mais US$ 6 milhões em dívidas. Em um ano, a dívida geral dos governos com a ONU aumentou em US$ 175 milhões. O Brasil foi responsável por mais da metade desse aumento. « A ONU depende de seus estados-membros e que paguem em dia », cobrou o sub-secretário, fazendo um apelo a todos para que façam os depósitos.

Em sua resposta, a delegação brasileira em Nova Iorque explicou que o Brasil “como fundador da ONU”, continua “comprometido” em pagar suas contas. “Acreditamos numa ONU com recursos”, indicou a delegação. O governo também indicou à ONU que está “tomando medidas” para permitir que parte das dívidas seja paga com relação à operação comandada pelo Brasil no Haiti, tribunais e outras missões. [É a velha e esfarrapada saída do "devo, não nego, pago quando puder/quiser".]

No dia 17 de abril, depois de perder o direito de voto na Agência Internacional de Energia Atômica, o Brasil pagou parte de sua cota e retomou o voto.
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Brasil deve R$ 1 bilhão a órgãos internacionais

Julianna Granjeia e Eliane Oliveira -- O Globo, 27/02/2015

O Brasil tem uma dívida de R$ 1,1 bilhão com organismos internacionais como o Banco Mundial, a Unesco e o Unicef, entre outros. A situação tem causado constrangimento no meio diplomático brasileiro porque fez com que o país perdesse direito a voto em fóruns importantes como o Tribunal Penal Internacional (TPI) e a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).

O Brasil tem uma dívida de R$ 1,1 bilhão com organismos internacionais como o Banco Mundial, a Unesco e o Unicef, entre outros. A situação tem causado constrangimento no meio diplomático brasileiro porque fez com que o país perdesse direito a voto em fóruns importantes como o Tribunal Penal Internacional (TPI) e a Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).


Mas o órgão informou que o cronograma de pagamento só será definido a partir da aprovação do Orçamento de 2015 pelo Congresso. O governo deve liberar R$ 864 milhões neste ano “para gestão e participação em organismos internacionais”.

(...) O professor de Direito Internacional da Universidade de Brasília (UNB) George Galindo explica que, a partir do momento em que se assina um acordo com um órgão internacional com sede no país, a contribuição é obrigatória e estipulada em tratados.


(...) "É uma grande contradição. O Brasil tem um excelente corpo diplomático, reconhecido internacionalmente. Briga por uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, mas não cumpre os tratados. Falta desejo maior da Presidência em fazer parte dessas instituições multilaterais e de fazer parte das grandes decisões conjuntas", afirmou Galindo.

Para Guilherme Casarões, professor de relações internacionais das Faculdades Integradas Rio Branco, dever aos organismos internacionais afeta a credibilidade do país. Ele destacou que, na última reunião da União Sul-Americanas de Nações (Unasul), o Brasil foi cobrado pela Argentina a pagar o que deve à instituição. "A falta de recursos e pagamentos atrasados, que vão da Unasul à ONU, de Nairóbi a Tóquio, colocam em risco a credibilidade do país, especialmente no nosso entorno", destacou.

O presidente do Grupo de Estudos de Investimentos Estrangeiros no Brasil e no Exterior, Rubens Barbosa, ex-embaixador do Brasil em Washington, afirma que houve retrocesso na política externa brasileira:  "A única vez que aconteceu uma crise como esta foi quando houve controle de câmbio, na crise da dívida externa, mas acho que não chegou a esse volume (de passivo) e tanto tempo em atraso. Isso prejudica o trabalho das agências, prejudica a imagem do Brasil, que perde direito a voto. O país se retraiu e perdeu o espaço que havia conquistados nos tempos de Fernando Henrique e Lula".

Para Barbosa, o Brasil está na defensiva e não tem iniciativa externa: "O Itamaraty está mais ou menos paralisado por causa dessas dificuldades todas. Há um problema de gestão de recursos. É preciso recuperar a iniciativa externa porque, hoje, o Brasil fica sempre na defensiva em relação aos Estados Unidos, à China e à Argentina".
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Patrícia Campos Mello e Isabel Fleck -- Folha de S. Paulo, 21/01/2015


Diplomatas brasileiros em Tóquio, Lisboa, na Guiana, Estados Unidos e em Benin, na África, enviaram telegramas ao Itamaraty nos últimos dias advertindo para estado de penúria nas representações do Brasil no exterior, que estavam prestes a sofrer corte de energia por atrasos no pagamento, além de estarem sem dinheiro para comprar papel para impressoras e materiais, pagar a conta do aquecimento, internet e outros. 

Sem receber nenhum recurso do governo brasileiro há 50 dias, a embaixada do Brasil em Benin (oeste da África) está com apenas US$ 83 (R$ 215) em caixa e chegou a ter o fornecimento de energia cortado e o gerador desligado.

Na residência, o diplomata responsável está apelando para velas e lanternas, porque falta dinheiro para comprar combustível do gerador. Às vezes toma banho de caneca, pois a bomba de água quebrou e não há recursos no momento para o conserto. Ele teve de pagar a conta de telefone e de energia, que estavam atrasadas, do próprio bolso. Essas reclamações constam de um telegrama enviado na terça (20) pelo encarregado de negócios da embaixada em Cotonou, João Carlos Falzeta Zanini, ao Itamaraty, que vazou na internet. Parte do teor foi divulgado pelo sindicato do servidores do Itamaraty.

"Vivemos uma situação financeira muito difícil, é impossível para o Itamaraty manter os postos atuais com os cortes sucessivos que o governo vem fazendo no orçamento do ministério", disse à Folha"Ficamos de mãos atadas, sem poder exercer a política externa e a assistência aos brasileiros como seria ideal".

(...) A penúria no Itamaraty não se restringe à embaixada em Benin.

Em 21/01/2015, telegrama enviado por Marco Farani, cônsul-geral do Brasil em Tóquio, e obtido pela Folha, informa: "Todas as contas de Serviços e Manutenção deste Posto do mês de dezembro/2014 encontram-se pendentes de pagamento, o que tem gerado insistentes cobranças dos credores e, em casos mais extremos, há o risco de suspensão de serviços essenciais à Chancelaria como internet, telefonia celular e fixa, eletricidade, serviço de franquia de correspondências e fotocópias, caso não seja possível quitar os débitos até o final de janeiro".

A embaixada em Tóquio informa que acaba de receber notificação para corte de energia, porque a conta, de US$ 3.924, não é paga desde dezembro, conforme diz o embaixador André Corrêa do Lago em telegrama de terça (20), obtido pela Folha.

Na residência do embaixador em Lisboa, Mario Vilalva, o fornecimento de energia só não foi suspenso "porque a Embaixada entrou em contato direto com o gabinete do presidente da EDP [empresa de eletricidade local], conseguindo postergação do pagamento da fatura impreterivelmente até o dia 28 de janeiro", conforme informa telegrama de 14 de janeiro. A dívida é de € 1734.

No consulado brasileiro em Hartford, Connecticut, o cônsul-geral Cézar Amaral avisa em telegrama que "os serviços de internet, telefone, TV a cabo e alarme da residência já foram interrompidos há cerca de quarenta dias, em sacrifício de minha família, que passou o Natal sem serviços e agora aguarda o fim do aquecimento". No telegrama do dia 14 de janeiro, ele também reclamava que "o toner [da impressora] está no final e o papel para impressão está acabando. Por outro lado, os materiais de limpeza da copa da Chancelaria já se esgotaram".

Segundo o Itamaraty, "os recursos para a manutenção dos postos referentes ao mês de dezembro foram liberados hoje [21/01/2015], após o processamento de repasse financeiro do Tesouro". [Ou seja, o governo Dilma NPS deixa primeiro que a imagem do país seja achincalhada e nossos diplomatas humilhados, para depois se mexer! Enquanto fazia e faz isso com a nossa diplomacia, a madame gastou em 2013 a bagatela de R$ 2,3 bilhões com publicidade, novo recorde depois dos R$ 2,2 bilhões do NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula) em 2009. Vejam abaixo a farra dos governos petistas com publicidade (infelizmente não foi possível obter uma qualidade melhor para a imagem, por isso sugiro o acesso ao link dado da Folha):

Editoria de Arte/Folhapress

A presidência da República (leia-se Dilma NPS) ocupou o topo dos gastos com publicidade da administração federal em 2014. No ano que fechou o primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff, os desembolsos em campanhas chegaram a R$ 210,9 milhões. Os gastos do órgão superaram Pastas com propostas importantes no setor, como o Ministério da Saúde, responsável por campanhas que promovem informação ao cidadão sobre os direitos de acesso aos serviços de saúde. Essa é a escala de valores e prioridades do governo Dilma NPS.]











 









Um comentário:

  1. Recebido por email em 09/5:

    Prezados (as),

    Pergunto-me: O que leva uma pessoa a despender tanto esforço para retransmitir, no seu site, uma mensagem já publicada pela grande mídia, sem qualquer opinião própria (Digo, opinião consolidada em fatos, e não ofensas), e sem ter a opinião da outra parte, a parte criticada?

    Será que tal pessoa acredita que está, com esse esforço, acrescentando alguma coisa ao conhecimento popular da nossa realidade?

    Será que não percebe que está fazendo um trabalho inútil, sem acrescentar nada ou, pior do que isso, está apenas divulgando uma notícia de conteúdo parcial já divulgada, já que não contém a opinião da outra parte?

    E a questão se agrava mais ainda quando, notoriamente, percebe-se que a opinião divulgada não reflete o verdadeiro contexto e, no caso específico, o verdadeiro objetivo diplomático que as ações tomadas desejam atingir.

    O atraso de pagamento de parcelas da ONU, ação usada por todos os países, principalmente os EUA (O maior devedor, mas, por ser ele, isentado de culpa), tem um objetivo diplomático, o de transmitir, objetivamente, o desagrado pelas decisões da entidade.

    Não se esclarece, também, que o modelo diplomático adotado pelos governos Lula e Dilma, ao contrário do governo FHC, é o modelo não beligerante, o modelo humanista, e não o seu oposto, o de impor pela guerra e devastação física e psicológica do outro país, militar e economicamente frágil, as soluções de impasse. Para esse modelo não beligerante, ambos os lados em conflito estão praticando atos terroristas: Aquele que cobre o corpo dos seus fanáticos com bombas para explodir em lugares públicos, como o outro que lota os aviões com toneladas delas e despeja sobre a outra cidade, atingindo alvos militares e civis indiscriminadamente.

    Tais manifestações de opinião somente nos geram um único bom resultado. O de esclarecer tudo o que o ser humano não deve ser, e nem deve fazer.

    Nesse sentido, e somente por este, obrigado pelo opinião expressada no site.

    César

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