terça-feira, 21 de outubro de 2014

Dilma NPS recebe o prêmio Framboesa de Ouro 2014

O prêmio Framboesa de Ouro (Golden Rasperry Award, ou abreviadamente Razzie Award, em inglês) é o contraponto do Oscar, e destina-se a premiar os piores atores e filmes do ano. Depois de ser informada de que o prêmio deste ano de 2014 é definitivamente seu, a atriz maior das chanchadas políticas do PT Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia) resolveu rasgar a fantasia de inocente indecente que vestia e reconheceu a existência de corrupção na Petrobras.

Pressionada pelos fatos, pela opinião pública e pela oposição, a madame reconheceu no sábado, pela primeira vez, que houve desvio de recursos na estatal e disse que pedirá ressarcimento desse dinheiro, mas que isso no momento não está ao alcance do governo no momento. Essa demora em reconhecer o óbvio ululante não significa nenhuma perda cognitiva de Dilma NPS, é pura pilantragem mesmo.

O site oficial da campanha da ex-guerrilheira tem um inegável e inequívoco toque humorístico, embora seja inequivocamente um humor de sarjeta. Em se tratando de movimento envolvendo o PT e seus tops de linha-- Dilma NPS e o NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula) -- baixarias são ingredientes típicos e indispensáveis. PT sem baixaria -- e umas tantas muitas mentiras de quebra -- não é PT.

Uma das pérolas desse site de campanha da nossa Dama de Ferrugem é a mensagem "Governo Novo, Ideias Novas". Como obra de mistificação é um barato -- um segundo governo de alguém com já quatro anos de (péssimo) uso ser considerado "novo" é fantástico. Isso não deixa de ser um ato falho da madame, que repete e consolida sua campanha na TV em que ela bate na tecla de que seu novo governo seria de "mudanças". Só se muda o que é ruim e ineficiente, e só se inova o que é ultrapassado e decadente -- não é que a madame está certa, atestando publicamente a droga que foi seu governo até agora?!

Uma das várias mentiras do site da campanha é o quadro "Economistas com Dilma" -- os economistas estão tão "firmes" com a madame que 164 professores de economia de universidades brasileiras e estrangeiras desmentiram a ex-guerrilheira assinaram manifesto afirmando que não existe a crise internacional que ela usa como desculpa para "justificar" o péssimo desempenho de nossa economia sob seu governo.

Dilma NPS e a petralhada estão tendo orgasmos múltiplos com a denúncia de Paulo Roberto Costa de que o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra, recebeu propina de R$ 10 milhões para colaborar no encerramento da Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobras, aberta em julho de 2009, fosse encerrada. Segundo Costa, o tucano disse a ele que o dinheiro seria usado para a campanha de 2010. 

O site de campanha de Dilma ostenta isso com o máximo de destaque. Comprovado a propina, Sérgio Guerra seria um pilantra do mesmo quilate de dezenas de petistas e seus bens devem servir para pagar seu malfeito. O problema é que a petralhada fica tão excitada e descontrolada quando descobre uma maracutaia tucana, e ela se sente tão recompensada valorizando seu ego às custas de esculhambar egos alheios, que volta e meia dá umas mancadas feias e imperdoáveis para quem é malandro e profissa da pilantragem: como bem lembra Dora Kramer em sua crônica no Estadão "A volta do cipó",  a campanha da presidente não tem razão para comemorar a confissão de Paulo Roberto Costa de que pagou propina ao tucano Sergio Guerra para esvaziar uma CPI da Petrobrás em 2009. Afinal, ele [Sérgio Guerra] atuava a serviço do governo. Elementar, meu caro Watson.

Vejam abaixo a ilustração da Folha de S. Paulo de 16/10 sobre o envolvimento de Sérgio Guerra no propinoduto da Petrobras, também chamado de "petrolão" (clique na imagem para ampliá-la).




Enquanto a campanha de Dilma NPS usa Sérgio Guerra para desviar a atenção da opinião pública do crescente time de petistas denunciados por Paulo Roberto Costa -- o "amigo Paulinho", segundo o NPA -- surge mais um político de enorme destaque na constelação petista acusado de receber propina no lamaçal da Petrobras. O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás afirmou na delação premiada ao Ministério Público Federal que, em 2010, o esquema de corrupção na estatal repassou R$ 1 milhão para a campanha ao Senado da petista Gleisi Hoffmann (PR). Em 2011, no início do governo da presidente Dilma Rousseff, ela se licenciou do mandato para assumir o cargo de ministra-chefe da Casa Civil, posto que ocupou até fevereiro deste ano.

O ex-diretor da Petrobrás disse que recebeu pedido para "ajudar na candidatura" de Gleisi. A solicitação, afirmou o ex-diretor da Petrobrás, foi feita pelo doleiro Alberto Youssef. A senadora e ex-ministra (de Dilma NPS) foi candidata pelo PT ao governo do Paraná e amargou um terceiro lugar, com cerca de 18% dos votos. Ela fez fama por sua beleza e por ter incorporado o espírito de sua chefe ex-guerilheira, notabilizando-se por sua rispidez e sua grosseria. Foi também diretora da Itaipu Binacional -- o que o PT não faz para engordar o caixa de seus cupinchas? -- e ali deixou a marca de sua incompetência e de sua subserviência, colaborando forte e efetivamente para desmontar o Tratado de Itaipu contra os interesses do Brasil, em decorrência de chantagem do Paraguai. É bom lembrar que a Itaipu Binacional há 12 anos virou abrigo de petistas e de seus cupinchas: José Miguel Samek (PT-PR) é diretor-geral da empresa há 11 anos; no atual Conselho de Administração da empresa estão pelo PT Aloisio Mercadante, Luiz Pinguelli Rosa e João Vaccari Neto (tesoureiro do PT citadíssimo na delação do "amigo Paulinho"); pelo PMDB estão José Antonio Muniz Lopes (diretor de Transmissão da Eletrobras) e Orlando Pessutti (filho do homônimo ex-governador do Paraná, que também foi conselheiro da Itaipu); pelo PDT está Alceu Collares -- pelo Itamaraty, Eduardo Santos. Dessa tropa toda, só entendem do riscado e merecem os cargos o Pinguelli (diretor da Coppe-Ufrj) e o José Antonio, o resto é parasita e sanguessuga.

Como era esperado, no debate de ontem (19/10) no SBT Dilma prontamente usou a crônica também de ontem de Elio Gaspari na Folha de S. Paulo e no Globo ("Todos soltos, todos soltos, até hoje"), em que o brilhante colunista lembra cinco casos de corrupção da tucanada em que nada se apurou e ninguém foi preso, até hoje. No seu afã de desconstruir Aécio, a madame se esqueceu de um lembrete do próprio Gaspari na sua coluna: Aécio nada tem a ver com o fato de os tucanos dos cinco escândalos estarem soltos. Eles receberam essa graça porque o Ministério Público e o Judiciário não conseguiram colocar-lhes as algemas. A resposta de Aécio à alegação da petista mirou e acertou o fígado de Dilma NPS: "As instituições é que investigam. Que triste é o país em que o presidente manda investigar. Isso pode funcionar em algumas ditaduras amigas do seu governo".

É bom lembrar que, em matéria de mutretas e malfeitos, FHC é um homem livre, enquanto o NPA está solto. Não sei se todos os petralhas entenderão ou gostarão de entender essa sutileza.

Faltou mencionar no debate que não há nenhum registro nos governos de FHC dele ter usado o dinheiro do contribuinte e o Advogado-Geral da União para defender um executivo de uma estatal que tem advogados próprios para essa tarefa, como Dilma NPS fez para defender a presidente da Petrobras, Graça Foster.  Não é difícil entender a jogada da madame: protegendo Graça Foster ela está no fundo se protegendo.

Para dar um certo "colorido" a esta postagem, reproduzo abaixo os  resumos gráficos feitos pela revista Isto É em 17/9 para o propinoduto da Petrobras. Antes que os flamenguistas queiram me julgar a culpa pelas cores predominantes dos gráficos -- o vermelho e o preto  --, apresso-me a dizer que isso foi escolha e opção da revista. Clique nas imagens para ampliá-las.




Não custa lembrar a lista inicial de políticos denunciados por Paulo Roberto Costa na edição 2390, nº 37, de 10/9/2014 (pág. 58 e seguintes) como beneficiários do propinoduto da Petrobras: 

PETROBRAS: A LISTA DOS POLÍTICOS DELATADOS POR PAULO ROBERTO COSTA


Edison Lobão, ministro das Minas e Energia, PMDB
João Vaccari Neto, secretário nacional de finanças do PT
Henrique Eduardo Alves, presidente da Câmara dos Deputados, PMDB
Renan Calheiros, presidente do Senado, PMDB
Ciro Nogueira, senador e presidente nacional do PP
Romero Jucá, senador do PMDB
Cândido Vaccarezza, deputado federal do PT
João Pizzolatti, deputado federal do PP
Mario Negromonte, ex-ministro das Cidades, PP
Sergio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro, PMDB
Roseana Sarney, governadora do Maranhão, PMDB

Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, PSB – morto em um acidente aéreo
__________
PS -- Não se pode abordar o propinoduto ou petrolão da Petrobras sem registrar o comportamento tipicamente mau-caratista de Dilma NPS e dos petistas quanto à divulgação das denúncias do "amigo Paulinho". A chiadeira deles refere-se única e exclusivamente ao fato dessas denúncias estarem sendo divulgadas ainda no período de votação para a presidência da República, nenhum deles esboçou sequer um teatrinho de indignação pelo nível de corrupção que isso tem revelado. Como dito acima, apenas sábado dia 18/10 Dilma NPS resolveu, a contragosto, mudar um pouco seu discurso sobre isso.






2 comentários:

  1. Recebido por email em 21/10:

    Emilio A. F. Valença

    Tudo que vier do tucanato (responsável , segundo a imprensa livre,
    pelo maior assalto aos cofres públicos que se tem notícia: Privataria
    tucana (pra onde foi o dinheiro?), Pasta rosa, Metro e trens de São
    Paulo, Cachoeira/Demóstenes, Sergio Guerra (Deus tome conta), vem mais
    por aí) e do PIG.
    O povo é sábio/soberano e dará mais 4 anos de mandato a nossa GUERREIRA.

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  2. Comentário recebido por email em 22/10, de Carlos Camargo:

    Na história da republica o maior "malfeito" (astuto eufemismo de roubalheira e que muito atenua sua contundência) foi por certo a insondável negociata de Passadena. Estando a Dilma na ocasião, presidindo o Conselho de Administração da Petrobrás, tendo aprovado este "malfeito", duas hipóteses podem ser consideradas:

    1. A presidenta não alcançou o significado dos termos, ou desconsiderou os riscos expressos no Contrato, aprovando-o portanto de forma insensata.
    Tamanha incúria nos custou alguns bilhões e a insere na qualificação de administradora despreparada e leviana.
    2. A presidenta tinha consciência das previsíveis consequências da negociação, o que sugere então que seu aval traduz obscuros interesses.

    Não posso adivinhar em qual dessas duas síndromes a personagerm se enquadra, mas afirmo que em qualquer delas, em país sério, seu diagnóstico seria de incredibilidade terminal.

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