A pouco mais de um mês das eleições abre-se um jornal ou liga-se uma TV e o que se lê, se vê e se ouve? No Rio um bando de 30 marginais leva o terror a uma zona nobre da cidade, um capitão da PM é preso em flagrante (junto com outro militar de mesma patente) roubando cabos de telefonia, um dia depois de participar, como juiz, do julgamento de outros militares pilantras da mesma PM. O governo estadual reage, prende um bando de marginais, abre processo contra os oficiais pilantras, mas o dano ficou praticamente irreparável.
Na área federal, empregados da Receita Federal acessam sem autorização os dados sigilosos de centenas de pessoas, várias delas políticos (sintomaticamente só da oposição), a alta direção do órgão se diz apenas "constrangida", ninguém é punido e o governo federal se faz de desentendido. Dados sigilosos de qualquer natureza (INSS, Detran, Receita Federal, etc), sob tutela federal, de milhares de pessoas são vendidos abertamente em praça pública em S. Paulo. Obras do PAC inacabadas ou sequer iniciadas são "inauguradas" com pompas palanqueiras, o TCU não se cansa de listar obras federais superfaturadas, dentro e fora do PAC, o presidente é multado várias vezes pelo TSE por propaganda eleitoral antecipada e faz disso chacota, e essa ópera bufa vai rolando enquanto o Nosso Acrobata se transforma cada vez mais em saltimbanco de palanques e piadista de comícios. No mesmo palco a candidata governamental mente descaradamente, inventando obras que não se concretizaram, engordando cifras de investimentos e pregando reformas que, durante 8 anos, com todo o seu poder dentro do governo, não receberam dela um gesto sequer de apoio.
Em outro palco, o candidato da oposição, dono de um belo currículo como executivo e como político, sofre um apagão intelectual e não consegue se comunicar, perdendo lastro até no estado que governou muito bem até poucos meses atrás.
É nesse péssimo caldo de cultura em que o país votará em outubro, correndo o seríssimo risco de ampliar e reforçar por sabe Deus quanto tempo o domínio quase absoluto do PT na administração pública federal, e em outras esferas, e ainda contar com a desagradabilíssima possibilidade da volta de Lula em 2014. Será que é isso mesmo o que queremos e merecemos?!!
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