Minha primeira postagem sobre este assunto foi feita em 31/7, e dali p'ra cá a polêmica se ampliou e ganhou âmbito nacional nos EUA. Apesar do voto unânime a favor da construção dado pelo do eclético conselho municipal da cidade, endossado pelo prefeito, cresce a reação contrária a ela. O próprio Obama tomou uma posição dúbia a respeito: após declarar que os muçulmanos têm o direito de construir a mesquita, e que isto condiz com a tradicional postura de tolerância dos americanos, no dia seguinte ele esclareceu que sua posição não significa um endosso seu para essa contrução ...
O ultradireitista (para mim, insuportável) Charles Krauthammer, colunista do Washington Post, considera um "sacrilégio" essa construção naquele local.
Na minha opinião o melhor e mais equilibrado texto sobre o assunto até agora é o publicado pela Newsweek que está nas bancas, escrito por Lisa Miller, em que ela já no título afirma que nessa guerra em relação ao "Ground Zero" "a (construção da) mesquita testa os limites da tolerância americana" . Em suas quatro páginas do artigo ela aborda as várias posições apresentadas sobre o tema, mas a mais interessante e, até então inédita (pelo menos para mim), é a feita por Daisy Khan, esposa do imame Feisal Abdul Rauf, o líder espiritual muçulmano que lidera o movimento para a construção da mesquita no "Ground Zero". Diz ela que a comunidade muçulmana também perdeu membros na tragédia do 11/9, mas foi impedida de chorá-los publicamente por causa da generalização de que a comunidade como um todo era responsável pelo que ocorreu. Registre-se que católicos e judeus têm seus respectivos centros em Nova Iorque, o que não ocorre ainda com os muçulmanos.
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