domingo, 21 de setembro de 2014

A contribuição do PT para a política e a gestão da coisa pública no país

Ver o Brasil de longe tem uma série de prós e contras. Quando se é, por exemplo, castigado diária e frequentemente com o mau humor do francês -- especialmente o parisiense -- tem-se saudade da maneira cordial com que se é atendido por aqui. Mas, ao se ver a limpeza das ruas das cidades francesas, o respeito dos cidadãos por suas cidades, o sentimento que se tem é de raiva pelo comportamento cafajeste dos brasileiros. E, quando se chega a uma rodoviária chamada Galeão, com seus banheiros fedorentos -- porque os mictórios não são limpos automaticamente -- e com suas escadas rolantes inoperantes, a ficha dolorosamente cai e se percebe que se voltou ao país das mutretas e meias-solas.

A isso se soma a estranha sensação extremamente estranha e desagradável de se ver o governo desnudado através da delação "premiada" de um ex-diretor da Petrobras, que reinou 8 anos no cargo sob a proteção de um partido político fantasiado de guardião da ética.

Há 11 anos, instalou-se no Palácio do Planalto uma fantástica indústria com o nome de fantasia de "Partido dos Trabalhadores", mas que na realidade é o Partido dos Trambiqueiros, que se revelou um centro insuperável de produção de corrupção e de gerações intermináveis de políticos e dirigentes partidários revestidos de uma camada gosmenta e escorregadia que os torna absolutamente imunes e isentos aos males e consequências da corrupção que geram. Absolutamente nada gruda neles, mesmo que estejam só com os olhos fora da lama putrefacta que produzem. Essa tecnologia insuperável já despertou o máximo interesse da NASA e da indústria do sexo.


Outras características requintadas dessa indústria petista são sua extensão e sua enorme capilaridade. Não há rincão mais remoto deste imenso país que não tenha pelo menos um representante qualificado seu -- que pode atender pelos apelidos "político" (e suas subdivisões), "empreiteiro", "diretor", etc -- capaz de garantir a plena produção de corrupção de qualquer nível de sofisticação. Sempre com a tal gosma protetora. 


Essa gosma protetora recebeu o certificado definitivo de qualidade com o NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula). Com inúmeras e diversificadíssimas  patentes de corrupção, essa figura atua em qualquer frente. Já fez de tudo: produziu mensalão e mensageiros, lançou navio inavegável ao mar, criou uma incubadora de ministros e executivos corruptos, mandou a ética à merda, inventou com seu cúmplice venezuelano Hugo Chávez  uma arapuca chamada refinaria Abreu e Lima que é um centro reprodutor de corrupção e de gastos, criou e implementou um sistema de controle operacional e gerencial imbatível para dominar o caixa das  estatais -- principalmente da Petrobras -- , colocou um robô de estimação íntimo seu, a Rosemary, para gerenciar os negócios da indústria PT em São Paulo, e "last, but not least", pariu Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia).


Por conta de inúmeros malfeitos de corrupção -- falhas surpreendentes do controle de qualidade da fábrica PT -- há vários agentes e representantes presos ou respondendo a processos na Justiça, mas o capo NPA continua inatingível, lépido e fagueiro. Dilma NPS representa uma nova geração de robôs com a gosma protetora marca PT -- a que não faz, mas encoberta muito bem. A última geração robótica petista representada por Dilma NPS mantém vários defeitos do NPA -- como, por exemplo, os do cinismo, da hipocrisia, o de mentir com ar de quem faz caridade e o de se expressar pessimamente -- mas incorporou a técnica de redimir e santificar corruptos empedernidos recentemente condenados por ela mesma. É só ver o que ela fez com Carlos Lupi.


A gosma protetora marca PT ganhou novos toques tecnológicos com a ex-guerrilheira. Apesar de mandar e desmandar no setor energético há 11 anos e ter, portanto, sua marca genética indelével em todos os feitos e desfeitos dessa área, a madame navega incólume e impoluta pelos mares bravios das refinarias de Abreu e Lima, Pasadena e Okinawa, das obras superatrasadas e superfaturadas do PAC, dos conchavos asquerosos com Garotinho, Lupi et caterva. E ainda de quebra, protege sua afilhada Graça Foster, presidente da Petrobras, impedindo que seus bens sejam bloqueados pelo TCU por causa da lambança de Pasadena. Dilma NPS é um robô PT da pesada.


A fábrica PT fez parcerias memoráveis, principalmente com o PMDB, "democratizando"  e diversificando sua produção.


A indústria PT, do Partido dos Trambiqueiros, fez também contribuição expressiva e impressionante na genética partidária. Aprimorando a técnica tradicional de fecundação conhecida como "suruba" ou "bacanal" -- na palavra de quem entende do assunto, Eduardo Paes (PMDB-RJ), prefeito do Rio de Janeiro, e Fernando Padilha (PT-SP), ex-ministro da Saúde de Dilma NPS e candidato do PT ao governo de São Paulo -- o Partido dos Trambiqueiros vem há 11 anos gerando partidos e políticos à sua imagem e semelhança. 

Por essas ironias do destino, a engenharia genética do PT pariu, amamentou e ajudou a criar também adversários seus. O exemplo mais recente é o de Eduardo Campos, do PSB, em vias de canonização porque morreu tragicamente em um desastre de aviação e, na véspera de sua morte, proferiu a frase "não vamos desistir do Brasil". Esse cidadão é um fruto genuíno da genética petistas -- viveu 11 anos no caldo de cultura do PT, foi ministro de governo do NPA e só em setembro de 2013 "descobriu" que o PT não presta e cortou o cordão umbelical com o Partido dos Trambiqueiros. Sua "bandeira" foi logo agarrada for sua ex-candidata a vice-presidente, Marina Silva, também ex-ministra do NPA e fruto do útero petista, agora travestida de Messias de saias, que apresenta como currículo sua capacidade de decorar frases e falas. Sua cabecinha é uma salada russa de ideias.

Aécio Neves entra nessa história como o fumante solidário, aquele que não fuma mas se ferra com o vício alheio. O PSDB passou os últimos 11 anos com o rabo no meio das pernas, acovardado e encagaçado de peitar o Partido dos Trambiqueiros. Agora, colhe os frutos de sua pusilanimidade.

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