sábado, 21 de junho de 2014

Golpe baixo e safado da Fifa contra o Brasil

As relações Fifa - Brasil  em relação à Copa deste ano nunca foram amenas, nem saudáveis, à exceção talvez do dia em que o Brasil foi sorteado para sediar o evento, lá nos idos de 2007. À medida que o certame se aproximava e o país se mostrava cada vez mais relapso e incompetente para cumprir com o que lhe competia contratualmente fazer, a Fifa foi subindo o tom e passou a nos tratar como moleques -- culpa exclusivamente nossa e não dela. Como qualquer observador atento, dentro e fora do país, a Fifa sabe perfeitamente que o Brasil é masoquista, adora sofrer e levar porrada -- aí estão Bolívia e Argentina para comprovar isso. E caiu de cascudos, palmatória e puxões de orelha sobre nós -- só faltou nos botar de joelhos sobre grãos de milho. Não enriquece o currículo de ninguém levar esporro de uma entidade pilantra, atolada em denúncias de corrupção, com dirigentes e ex-dirigentes acusados de mutretas, pilantragens e negociatas. 

Em certo momento, o secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, disse que o Brasil precisava levar um pontapé no traseiro para fazer o que devia em tempo hábil, e fazê-lo certo. Houve um teatrinho do governo fingindo-se de ofendido e magoado, o ministro da Porrinha (único esporte de que entende alguma coisa) Aldo Rebelo declarou Valcke persona non grata, o francês pediu "desculpas" e todos terminaram de mãozinhas dadas. 

Eis que, às vésperas de um jogo vital para o Brasil contra Camarões -- se perdermos estamos eliminados e mesmo empatando corremos risco -- a Fifa, através de seu diretor de segurança Ralf Mutschke, vem a público para dizer que se trata de um jogo "vulnerável e de risco, sujeito a manipulações porque implica classificação, diferença de gols, envolvendo uma seleção já eliminada", explicou esse executivo. Beleza, a Fifa corrupta posa de boa menina e alerta Camarões para que não faça negociatas que favoreçam o dono da casa ou outrem, depois de passadas nove ou dez rodadas do Mundial.  

Camarões mostrou-se uma seleção mercenária, que chantageou sua federação até a última hora e chegou com um dia de atraso ao Brasil para conseguir vantagens financeiras. Jogou contra dois adversários de sua chave, perdeu os dois jogos, e a Fifa não levantou qualquer suspeição contra seu comportamento em campo. Por que só agora, na véspera do jogo contra o Brasil?

Com essa "pressão" supostamente bem intencionada da Fifa, Camarões recebeu o "doping" de que necessitava para endurecer e infernizar o jogo contra o Brasil. Na sua coluna de hoje (21/6) no Globo, Ancelmo Gois informa que a CBF vai acionar a Fifa e que "O ambiente, ontem à noite, na comissão técnica da seleção era de completa indignação. Tudo por causa desta notícia, no site da Fifa, de que o jogo do Brasil contra Camarões corria “sério risco de manipulação”.  Por que esta suspeita só sobre o nosso jogo? E os outros não podem ser manipulados? — rebatia Parreira". Com essa atitude canalha, a Fifa lança suspeitas também sobre a CBF e o país.  

Joseph Blatter e Jerôme Valcke certamente terão orgasmos múltiplos se o Brasil for desclassificado ainda na fase de classificação, e passar o resto da competição amargando seu desastre e pagando caríssimo para ser um mero espectador. Seria para a Fifa o castigo perfeito para anfitriões que lhe deram um enorme trabalho na preparação, organização e implementação do evento. 

Não aparece ninguém para dar uma chacoalhada nessa Fifa, pô?!

Um comentário:

  1. Que trabalho? Estão adorando não pagar um centavo de imposto, enquanto nós nos lascamos de pagar tanto imposts, taxa, aforamentos , laudêmios e o caralho a quatro.

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