Ao lado de outras mazelas que nos afligem há décadas, como saúde, segurança e infraestrutura precárias, a educação deficiente permanece inabalável como um tremendo obstáculo para garantir o avanço do país como potência emergente no cenário internacional. Talvez o fato de estar há 8 anos sob o comando de um presidente que é o mais iletrado de nossa história republicana acabe, no fundo, sendo uma das razões desse paradoxo: Lula nunca perdeu uma chance de destacar esse aspecto de sua formação e o fato de, assim mesmo, chegar onde chegou, e talvez por isso, consciente ou inconscientemente, nunca deu o devido destaque à educação como meta sequer prioritária em seu governo de dois mandatos. Na realidade, seu programa educacional só começou em 2007, praticamente no final de seu primeiro mandato. Leia mais.
Há poucas décadas atrás éramos parelhos com a Coréia do Sul em termos de desenvolvimento e PIB, mas o país asiático decidiu investir maciçamente em educação, tranformando-se na potência que é hoje e deixando-nos a comer poeira. Vários setores industriais brasileiros importantes já começam a sentir-se tolhidos em seu desenvolvimento, com enormes reflexos negativos para o país, pela falta de mão de obra qualificada, e tentam corrigir essa lacuna tomando iniciativas de formação de pessoal que são tipicamente de responsabilidade do governo.
Em testes internacionais de avaliação estudantil nossos resultados são pífios, deixando-nos abaixo de Chile, Uruguai e México. A Fundação Lemann, baseada em S. Paulo e devotada à melhoria de nossa educação, conclui que devemos nos envergonhar de nós mesmos, porque nossos alunos de 15 anos, em termos de desempenho, comparam-se mais ou menos a alunos de 9 ou 10 anos de países como Dinamarca e Finlândia. Leia mais.
O pior e o mais desanimador de tudo é que nos vazios debates já realizados e nas demagógicas declarações dos candidatos à presidência nada, absolutamente nada, nos dá a mínima esperança de que esse quadro irá se alterar no próximo governo, qualquer que ele seja.
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